Em janeiro, a ilha realizará eleições; o partido no poder, que está à frente nas pesquisas, mantém a postura de se manter independente de Pequim
Nesta quarta-feira (27.dez.2023), a China ameaçou impor novas sanções comerciais a Taiwan caso o partido governante, conhecido como DDP (Partido Democrático Progressista), mantenha “persistentemente” o apoio à independência da ilha. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
As eleições presidenciais em Taiwan estão previstas para 13 de janeiro. O DDP, partido da atual presidente Tsai Ing-Wen, que lidera as pesquisas eleitorais, mantém a posição de que a ilha é independente. No entanto, a China a considera parte de seu território, sendo uma província dissidente. Já o principal partido de oposição, o KMT (Kuomintang), defende uma aproximação com Pequim.
Taiwan denunciou a China por coerção econômica e interferência nas eleições, após Pequim anunciar o fim das reduções tarifárias sobre importações de determinados produtos químicos da ilha. Segundo o governo chinês, Taipei violou um acordo comercial firmado entre as duas partes em 2010.
Chen Binhua, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan da China, declarou a jornalistas nesta quarta-feira (27.dez) que a “raiz” dos problemas relacionados ao acordo de 2010 estava ligada à questão da independência.
“Caso as autoridades do DDP estejam determinadas a persistir e a continuar aderindo obstinadamente à sua posição de independência de Taiwan, recusando-se a mostrar qualquer arrependimento, nós apoiamos os departamentos relevantes a adotarem medidas adicionais de acordo com os regulamentos”, afirmou.