segunda-feira, 8 julho, 2024
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    construtoras ainda devem mais de R$ 7 bilhões de acordos de leniência


    Praticamente sete anos após a assinatura do primeiro pacto de leniência por parte das grandes empresas de construção envolvidas na Operação Lava Jato, mais de R$ 7,8 bilhões ainda não foram restituídos aos cofres públicos.

    A maior dívida é da Braskem (R$ 2,8 bilhões), apesar de já ter quitado 75% do montante acordado. Já a OAS, famosa pelo caso do tríplex do Guarujá, comprometeu-se a pagar R$ 1,9 bilhão, porém desembolsou apenas R$ 4,3 milhões até o momento.

    A UTC, primeira a realizar um acordo em 2017, pagou somente R$ 43 milhões de um total de R$ 574,6 milhões devidos. A Odebrecht, agora Novonor, possui débito de R$ 2,7 bilhões. Todavia, não efetuou pagamentos desde 2022. Já desembolsou apenas R$ 172,7 milhões.

    A Andrade Gutierrez e a Camargo Correa devem, respectivamente, R$ 1,4 bilhão e R$ 1,3 bilhão, com pagamentos de R$ 451,8 milhões e R$ 496,2 milhões. A lista inclui também a Nova Participações, anteriormente Engevix, que pagou apenas R$ 6,8 milhões de um total de R$ 516,3 milhões.

    Lava Jato, a maior operação anticorrupção da história do país

    “O legado da Lava Jato e sua intensa cronologia foram revisitados em uma dezena de reportagens e entrevistas de Oeste nos últimos anos”, escreve o editor-executivo Silvio Navarro, em reportagem publicada na Edição 208. “A linha do tempo publicada na Edição 112, de maio de 2022, foi atualizada nesta semana com um desfecho melancólico para os pagadores de impostos.”

    Uma pessoa que tenha entrado em coma em 2018, por exemplo, logo após a prisão de Lula, levaria um susto ao saber que o petista é o atual presidente da República. Ele passou 580 dias na “cela gourmet de Curitiba, condenado em três instâncias. Assim como ele, uma lista de políticos envolvidos em formação de quadrilha retornaram à mídia. O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é um deles. Condenado a 400 anos de prisão, agora pode ir à praia, tornou-se consultor e youtuber. Outro é o ex-ministro José Dirceu, que após o período na prisão atualmente realiza atividades políticas com desenvoltura e celebrou seus 78 anos nesta semana com uma festa animada em uma mansão no Lago Sul, na qual estava presente a elite do poder de Brasília.

    Dos políticos com codinomes nas planilhas da Odebrecht, não há mais ninguém detido nem cumprindo pena. Aliás, a relação de propinas nem está mais acessível: o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a destruição com uma furadeira de mesa dos documentos contidos em HDs, com terabytes de provas de transações ilícitas. Quem determinou a destruição foi o ministro Dias Toffoli, que já foi o “Amigo do amigo do meu pai”, segundo o empresário Marcelo Odebrecht — o pai é Emílio; e o amigo, Lula.

    Notícia publicada na Revista Crusoé (11/4/2019) | Foto: Reprodução/Crusoé

    E as empresas que admitiram práticas ilegais, como a JBS e a Odebrecht, inclusive com operações no exterior? As multas bilionárias foram anuladas em um ato de Toffoli, em um desmantelamento iniciado por Ricardo Lewandowski. E o que ocorreu com Lewandowski? Ele se aposentou do Supremo e passou a advogar justamente para uma dessas empresas, a JBS — que, aliás, tem entre seus advogados a esposa de Dias Toffoli. Mas isso não é proibido? Não, pois o próprio Supremo decidiu que agora é permitido (leia a reportagem “Relações incestuosas”, nesta edição). Além disso, Lewandowski se tornou ministro da Justiça em fevereiro.

    Para conferir a reportagem completa, “Dez anos de Lava Jato: a corrupção venceu”, basta acessar a Edição 208 da Revista Oeste

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