A indústria química brasileira finalizará o ano de 2023 fechando com um faturamento líquido de US$ 167,4 bilhões, conforme relatório antecipado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) durante o 28º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), evento anual do setor. Os números serão divulgados ainda nesta segunda-feira, 4, assim como as expectativas para o ano de 2024.
Em comparação, o faturamento líquido do setor demonstra uma redução de 16% em reais quando comparado ao ano anterior, e um declínio de 13,7% em dólares. Conforme a entidade, o mercado químico local é avaliado em US$ 250 bilhões.
Neste ano, a indústria química brasileira encerra o período na sexta posição no ranking das maiores empresas do mundo no segmento e como a terceira maior participante do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com 11%. Segundo o relatório, é também a maior arrecadadora de tributos federais, quando comparada à indústria como um todo, respondendo por 13,1% do total pago à União.
A indústria química contribuiu com R$ 30 bilhões para os cofres públicos federais, com 2 milhões de empregos diretos e indiretos, possuindo o segundo maior salário dentro do setor industrial como um todo.
Segmentos do faturamento da indústria química brasileira
O segmento com o maior faturamento líquido na indústria química em 2023 foi o de produtos químicos para uso industrial, com US$ 60 bilhões, seguido por produtos farmacêuticos, com US$ 34,3 bilhões, fertilizantes com US$ 25,5 bilhões e defensivos agrícolas com US$ 19 bilhões.
Em seguida, aparecem os segmentos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, com faturamento líquido de US$ 11,9 bilhões, produtos de limpeza e afins com US$ 7,1 bilhões. Tintas, esmaltes e vernizes, com US$ 5,6 bilhões; outros com US$ 2,8 bilhões e fibras artificiais e sintéticas com US$ 900 milhões.
O saldo da balança comercial da indústria química sofreu um declínio de 25,4% em dólares em relação ao ano anterior, com as importações caindo 22,9% e as exportações encolhendo 13,7% em comparação com os embarques realizados no ano passado. Em termos de volume, por toneladas, o saldo comercial do setor encolheu 8,3% em relação a 2022, com as importações crescendo 3,5% e as exportações caindo 9,5%.