segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Diniz completa dois anos de Fluminense enfrentando terceira crise

    No dia seguinte de completar dois anos no Fluminense, Fernando Diniz retorna ao comando de sua equipe nesta quarta-feira (1º), às 16h (de Brasília) em confronto contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil.

    O duelo, que poderia ter clima de descontração devido à comemoração do retorno, tem aspectos de tensão. Isso porque o treinador e o clube passam pelo pior momento desde seu regresso em 30 de abril de 2022 – conforme reconhecido pelo próprio Diniz.

    “Desde 2022, quando cheguei, nunca cometemos tantos erros como agora. E considerando o tempo que estamos jogando, esses equívocos deveriam estar diminuindo e não aumentando”, expressou em entrevista coletiva após a derrota para o Corinthians.

    Nesta temporada de 2024, o Flu atuou em 18 partidas sob o comando de Diniz, com seis triunfos, seis empates e seis derrotas, balançando as redes 19 vezes e sofrendo 22 gols. Agora, o técnico trabalha para deixar os títulos da CONMEBOL Libertadores e da CONMEBOL Recopa no passado e tentar dar a volta por cima.

    “Outra questão é compreender que já passamos por Libertadores, Recopa. Que o ano de 2024 é urgente, o Campeonato Brasileiro é muito desafiador, a Libertadores e a Copa do Brasil são igualmente complexas, jogos nos quais não há margem para erros. Todos os campeonatos são difíceis, e precisamos melhorar consideravelmente, principalmente evitando falhas tão básicas na construção e sendo mais consistentes”, enfatizou o próprio treinador.

    Treinador Fernando Diniz durante sua reapresentação no Fluminense, ao lado do diretor de futebol Paulo Angioni e do presidente Mario Bittencourt Marcelo Gonçalves/ Fluminense F.C.Crise não é novidade para o técnico

    Apesar de estar atravessando um momento bastante conturbado, Diniz está habituado a enfrentar altos e baixos no comando do Tricolor. Nesta passagem atual, este é o terceiro momento de críticas mais severas – e ele conseguiu superar os outros dois.

    O primeiro período de instabilidade foi ainda no primeiro ano, em 2022, após o jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians. Apesar de ter conquistado uma vitória emblemática sobre o Flamengo, o treinador passou por 10 jogos sob críticas, incluindo a eliminação no mata-mata nacional e uma sequência de três derrotas consecutivas.

    No total, a equipe obteve três vitórias, dois empates e cinco derrotas nesse período, marcando 13 gols e sofrendo 16. Era um momento de crise defensiva do time. As transições e as jogadas aéreas se tornaram um problema, com o lado esquerdo sofrendo bastante devido à falta de pressão.

    Naquela ocasião, Diniz sacou Caio Paulista da equipe titular e fez diversos testes com Calegari (3 jogos) e Cristiano (2 jogos). Na reta final, a grande solução surgiu quase que por acaso: Alexsander, jovem volante que entrou improvisado na lateral no segundo tempo contra o São Paulo e permaneceu no time. Além disso, Yago Felipe substituiu Matheus Martins, com uma alteração tática que fez Jhon Arias conseguir auxiliar ainda mais pelo corredor esquerdo.

    Nos últimos sete jogos, já com as alterações, foram seis vitórias e um empate, com 15 gols marcados e apenas três sofridos. Uma arrancada que garantiu a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores do ano seguinte.

    Fluminense, o vencedor da CONMEBOL Libertadores Fernando Silva/Pera Photo Press/Gazeta Press

    Já em 2023, a crise também ocorreu em um momento de declínio na Copa do Brasil, mas desta vez nas oitavas de final contra o Flamengo. O jogo de ida marcou o início do pior período do Fluminense na temporada. Nessa ocasião, a equipe sofria com a ausência de titulares importantes: Marcelo, Alexsander e Keno.

    Sem eles, Diniz teve que fazer diversas alterações em seu time e acabou sofrendo com o volume e a eficácia ofensiva da equipe. Em 12 jogos, o time obteve apenas duas vitórias e sofreu seis derrotas, balançando as redes por oito vezes e sofrendo 15.sofridos.

    A escassez renova sua face quando Marcelo e Keno retornam ao time titular. Nos 12 jogos subsequentes, observou-se uma melhora considerável em sua eficácia no ataque. Ao todo, foram 19 gols assinalados e 10 concedidos, com sete triunfos e apenas duas derrotas. Quem mais se beneficiou foi Germán Cano. Durante o período de crise da equipe, ele marcou dois gols. Na sequência seguinte, foram sete.

    A partir da conquista da Recopa, foram disputados 10 jogos, com apenas duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas, tendo 10 gols marcados e 16 sofridos. Conforme avaliação feita pelo próprio Diniz, as falhas na fase inicial de construção têm sido decisivas, entre outros aspectos. Resta aguardar como o treinador irá conseguir reverter mais essa fase negativa.

    Fernando Diniz em empate do Fluminense contra o Alianza Lima Lucas Merçon/Fluminense FCPassagem é marcada por ressurgimento e título histórico

    Após uma passagem discreta em 2019, Diniz retornou ao Fluminense com a sensação de que estava lá para concluir algo que havia sido deixado inacabado. Apesar dos resultados insatisfatórios, muitos defendiam que o treinador não era culpado e que a equipe estava evoluindo.

    Já nos primeiros jogos de 2022, o Fluminense apresentou atuações convincentes, conquistando a simpatia da torcida, que testemunhou momentos emocionantes e grandes exibições na temporada. A chegada à semifinal da Copa do Brasil e a terceira colocação no Brasileirão indicavam que o melhor ainda estava por vir.

    O ano de 2023 começou e nos primeiros meses, o título do Carioca veio para dar ainda mais confiança ao treinador: 4 a 1 sobre o Flamengo na final com uma atuação memorável em um Maracanã lotado.

    Fernando Diniz durante Fluminense x Flamengo pelo Brasileirão Wagner Meier/Getty Images

    Algumas semanas depois, no mesmo palco, a vítima da vez foi o River Plate. O impressionante 5 a 1 foi o ponto máximo do ‘Dinizismo’, que demonstrava mais uma vez que estava definitivamente pronto para competir com os grandes.

    Entre altos e baixos, a equipe chegou de maneira épica à final da Libertadores, com o Maracanã testemunhando a histórica vitória por 2 a 1 sobre o Boca Juniors, consagrando o Tricolor como campeão da América pela primeira vez.

    O time acabou sendo vice-campeão no Mundial de Clubes após uma derrota desanimadora por 4 a 0 para o Manchester City e conquistou a Recopa com uma virada sobre a LDU. Agora, os torcedores aguardam ansiosamente por um novo começo sob a liderança de seu treinador para recuperarem o rumo das vitórias.

    Fernando Diniz durante desfile de campeão da Libertadores do Fluminense EFE/Antonio LacerdaPróximos jogos do Fluminense

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