quarta-feira, 26 junho, 2024
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    ‘É evidente que o ajuste financeiro colapsou’, declara presidente da Febraban


    O dirigente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, comunicou ao periódico O Estado de São Paulo que o ajuste financeiro pelo lado das entradas “entrou em colapso” e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa de apoio interno governo, do Congresso e do empresariado para enfrentar reduções e desvinculação de despesas públicas.

    “É nítido que a programação de ajuste financeiro, pelo lado das entradas e do aumento da carga tributária, entrou em colapso”, mencionou Sidney ao Estadão. “O pessimismo e os ruídos têm aumentado rapidamente, como podemos ver nos preços dos ativos, com a forte alta do dólar, a queda da Bolsa e o aumento dos juros futuros.”

    O dirigente da Febraban indica que a valorização da moeda norte-americana deve servir como “alerta” para os setores econômico e político. “A valorização do dólar é fonte de pressão inflacionária, exatamente por desajustar os preços”, esclareceu.

    Sidney e chefes de instituições financeiras privadas se encontrarão com Haddad e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, na sexta-feira, 14, em São Paulo. O encontro, agendado há mais de dez dias, tem como objetivo debater a situação econômica do Brasil.

    Haddad enfrenta impasse no Congresso

    A fala do presidente da Febraban ocorre em meio a crescentes incertezas fiscais e desgastes de Haddad com setores produtivos e bancadas do Congresso.

    Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu ao governo a maior parte da medida provisória que limitava a compensação de créditos dos tributos federais PIS/Cofins, que afetava principalmente agronegócio e exportadores.

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    Apesar disso, Sidney enxerga Haddad como o “garantidor da economia” e destaca a necessidade de apoio do governo, Congresso e empresariado. “É hora de estendermos a mão ao ministro, pois a agenda econômica vem perdendo força e o financeiro não pode mais se deteriorar”, salientou à reportagem.

    Ele defende uma ação rápida e um debate sobre os gastos públicos, incluindo a desvinculação do Orçamento, incentivos fiscais, pisos de educação e saúde, gastos da Previdência e ligação ao salário mínimo.

    Em meio às pressões, Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defenderam nesta quinta-feira, 13, uma intensificação na agenda de revisão e corte de gastos, que ainda não foi implementada.

    Conforme os porta-vozes da equipe econômica, as alternativas são amplas, mas ainda não foram apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Sem uma reavaliação detalhada do ritmo de crescimento das despesas, a política financeira tende a permanecer em terreno expansionista, impedindo uma acomodação mais rápida da política monetária, que ainda está em nível bastante restritivo”, alerta Sidney.

    Ele menciona que, nesse cenário, o Banco Central poderá interromper o processo de queda da taxa básica de juros em breve.

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