segunda-feira, 8 julho, 2024
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    ‘Fogo amigo’: ONG’s ambientalistas criticam Lula

    A divulgação da inclusão do Brasil na Opep+, coalizão ampliada que inclui os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros dez países, gerou reprovação por parte de organizações não governamentais ambientalistas. Representantes de ONGs apontam que a medida “contradiz” a postura do governo brasileiro de limitar as emissões de combustíveis fósseis.

    “O Brasil declara uma coisa, mas pratica outra na COP28”, declarou Leandro Ramos, diretor de programas do Greenpeace Brasil, referindo-se à participação brasileira na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU). “É inaceitável que o mesmo país que alega apoiar o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C anuncie agora sua associação com o grupo dos principais produtores de petróleo do mundo.”

    Já Peri Dias, representante da 450.org na América Latina, questionou: “O Brasil deseja ser um líder climático ou um Estado dependente de combustíveis fósseis? Não pode desempenhar ambos os papéis simultaneamente”.

    De acordo com o ativista ambiental, o Brasil “deve ser mais transparente em relação aos seus compromissos para gradualmente eliminar os combustíveis fósseis e expandir as fontes de energia renovável, se quiser assumir o papel de liderança que almeja na COP30”. A conferência está agendada para ocorrer em Belém, no Pará, em 2025. “O Brasil precisa pressionar firmemente pela completa eliminação do petróleo, do gás e do carvão no texto final da COP28”, acrescentou.

    Lula anunciou a adesão do Brasil à Opep+, mas rejeitou a Opep

    A Opep+ informou sobre a inclusão do Brasil, a partir de janeiro de 2024, em sua última reunião, realizada em Viena, na quinta-feira passada. No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Dubai, que o Brasil irá integrar o grupo, mas não terá voz ativa nas decisões do bloco. Ele argumentou que a participação brasileira é crucial para influenciar países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis.

    Neste domingo, 3, antes de embarcar para Berlim, na Alemanha, o presidente voltou a tocar no assunto. “O Brasil jamais será um membro efetivo da Opep, pois não desejamos isso”, afirmou. “Entretanto, nosso objetivo é influenciar.”

    Conforme informações do Ministério de Minas e Energia, a adesão à Opep+ não implicará em uma cota máxima de produção de petróleo para o país.

    O Brasil, atualmente o maior produtor de petróleo da América Latina, se tornará o vigésimo quarto membro da Opep+ e o terceiro da região, ao lado do México e da Venezuela — este último, um dos cinco países fundadores da Opep em 1960, e que hoje detém as maiores reservas de petróleo do mundo.

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