Joseli Parente alega uma “preocupação” em manter o controle de armas para evitar que estas cheguem a grupos criminosos
O líder do STM (Supremo Tribunal Militar), Joseli Parente, comunicou que as Forças Armadas não estão protegidas do assédio de facções criminosas. A referida afirmação diz respeito ao furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra de São Paulo, situado em quartel em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.
Na entrevista concedida à BBC Brasil publicada nesta quarta-feira (22 de novembro de 2023), Parente enfatizou uma “preocupação”, principalmente por parte do Exército, em manter o controle de armas para evitar que estas cheguem a grupos criminosos.
“As Forças Armadas não estão protegidas contra esse assédio. O crime organizado utiliza de todos os artifícios e trabalhamos permanentemente preocupados com essa segurança, porém nem sempre conseguimos evitar”, expressou o presidente do STM.
Em relação a militares removidos das Forças Armadas que continuam recebendo pensão, Parente afirmou que a quantia é “destinada” pelos militares e não proveniente do Tesouro Nacional e, por este motivo, conforme ele, é legítimo que continuem recebendo o salário. “Esta quantia é nossa. Nós entendemos que a família de alguém que é removido das Forças Armadas não pode ficar desassistida”, falou.
Leia outras temáticas abordadas na entrevista:
- 8 de Janeiro: “Houve uma imagem de que havia ali militares em grande quantidade, quando na realidade, são muito poucos os militares envolvidos”;
- governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL): “Nós nunca deixamos de estar em 1º lugar em popularidade e aceitação dentro da nossa população. E nós caímos para o 5º [lugar]. É sinal que não foi bom para as Forças Armadas”;
- governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “Não há desconfiança do governo com os militares e nem dos militares com o governo”;
- militares e política: “Os militares não têm partido, não têm essa de direita ou esquerda. Há uma concepção de que os militares são de direita porque são nacionalistas. Os militares pensam na paz social”.