segunda-feira, 8 julho, 2024
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    Investigação Parlamentar do Arquipélago do Marajó tem mais de 90 assinaturas; visualize relação


    Requerida pelos congressistas federais Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o pedido para iniciar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que busca investigar as acusações de abuso sexual infantil no Arquipélago do Marajó, situado no Estado do Pará, conta com 94 subscrições.

    O mais recente registro foi submetido até o momento desta reportagem. No entanto, o pedido necessita de 171 subscrições para ser apresentado na Câmara. (Confira a lista ao final desta reportagem).

    “Diante de tantas incertezas, a recorrência de denúncias e relatos abomináveis de exploração sexual infantil, fica instada a urgência de averiguação profunda e detalhada do caso em questão, uma vez que os direitos e a proteção das crianças e dos adolescentes brasileiros precisam ser salvaguardados”, argumentam os congressistas no requerimento.

    As acusações sobre a exploração sexual infantil no Marajó tiveram repercussão nas redes sociais nesta semana, após a cantora evangélica paraense Aymeê mencionar a situação na letra de uma canção.

    No momento, em 16 de fevereiro, ela se apresentava no reality show evangélico “Dom Reality”. A letra da canção diz: “Enquanto isso no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara”.

    Ao término da apresentação, Aymeê explicou sobre o que cantou: “Marajó é uma ilha há alguns minutos de Belém, minha terra”, disse. “E lá, as crianças, lá tem muito tráfico de órgãos, lá é comum. Lá tem pedofilia em nível ‘hard’ e as crianças com 5 anos, quando elas veem um barco vindo de fora com turistas, Marajó é muito turística e as famílias lá são muito carentes, as criancinhas saem em uma canoa, 6,7 anos, e elas se prostituem dentro do barco por cinco reais.”

    A performance da canção Evangelho de Fariseus foi compartilhada por parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por artistas, como a apresentadora Angélica, a cantora Juliette, a cantora Luisa Sonza e a atriz Rafa Kalimann.

    Em 2022, o tema também veio à tona com uma fala da ex-ministra dos Direitos Humanos e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF). À época, Damares apontou a exploração na ilha durante um culto evangélico.

    A então ministra chegou a dizer que as crianças da região teriam os dentes removidos para facilitar os abusos sexuais. Contudo, não apresentou provas sobre a acusação, mas disse que tinha ouvido as denúncias “nas ruas”.

    Damares foi denunciada pelo Ministério Público Federal por danos sociais e morais coletivos que teriam sido causados à população do arquipélago do Marajó, com um pedido de R$ 5 milhões em indenização.

    Qual a situação no arquipélago do Marajó

    O arquipélago é composto por 12 municípios e possui cerca de 500 mil habitantes. No Brasil, o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) — indicador composto por dados acerca de expectativa de vida, educação e renda per capita — está em uma das ilhas do Marajó, Melgaço, com pouco mais de 26 mil moradores e com IDH de 0,418.

    Em 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados iniciou uma investigação para apurar denúncias no arquipélago do Marajó.

    À época, segundo o jornal Extra, documentos revelaram o envolvimento de vereadores locais nos casos de abusos. Eles, segundo as investigações, eram aliciadores que levavam as crianças para se prostituírem em Belém e na Guiana Francesa.

    Em 2020, Damares lançou o programa “Abrace o Marajó” para combater a prostituição infantil. Segundo o jornal O Globo, nenhum centavo foi gasto pelo projeto em 2022. Conforme a senadora, o programa não teve êxito por causa daepidemia de covid-19.

    No ano de 2023, o governo Lula anulou o plano e substituiu pelo “Cidadania Marajó”, com o propósito de levar políticas sociais à região. No dia 23, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, mencionou as acusações nas redes sociais, porém criticou a ligação da comunidade do Marajó ao abuso sexual.

    “É surpreendente ouvir alguém afirmar que é parte da tradição do povo do Marajó ser pedófilo, negociar seus filhos”, salientou. “Essa não é parte da tradição do povo do Marajó. Muitas vezes são situações de exclusão. Originadas muitas vezes até por muitas pessoas que lucram consideravelmente com as adversidades do Marajó, mas que nunca se dispuseram a ouvir para colaborar junto com ela nas soluções.”

    Organizações não governamentais que atuam na região entraram em ação para criticar campanhas publicitárias que teriam vinculado a ilha à exploração sexual infantil.

    “A campanha que associa o Marajó à exploração e ao abuso sexual não condiz com a realidade: a população marajoara não aceita violências contra crianças e adolescentes”, divulgou o Observatório do Marajó. “Insiste nessa narrativa quem deseja propagá-la e desonrar o povo marajoara.”

    A ONG Colaboração da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável publicou: “Não necessitamos de uma visão estigmatizada e repleta de preconceito. O Marajó é representação de resistência, encanto e cultura da Amazônia”.

    Relação de parlamentares que subscreveram a CPI da Ilha do Marajó

    Paulo Bilynskyj

    Eduardo Bolsonaro

    Coautoria

    Julia Zanatta

    Coronel Meira

    Marcos Pollon

    Mendonça Filho

    Bibo Nunes

    Delegado Fabio Costa

    Daniela Reinehr

    Mauricio Marcon

    Wellington Roberto

    Gustavo Gayer

    Caroline de Toni

    Sargento Fahur

    Giovani Cherini

    Chris Tonietto

    Greyce Elias

    Nicoletti

    Zé Trovão

    Bia Kicis

    Amália Barros

    Pr. Marco Feliciano

    General Girão

    Silvia Waiãpi

    Rodrigo Valadares

    Coronel Telhada

    Franciane Bayer

    Filipe Martins

    Abilio Brunini

    Tião Medeiros

    Messias Donato

    André Fernandes

    Luiz Lima

    Coronel Ulysses

    Pezenti

    Luiz Philippe de Orleans e Bragança

    Gilvan da Federal

    Delegado Caveira

    Sargento Gonçalves

    Dayany Bittencourt

    Pastor Diniz

    Delegado Ramagem

    Coronel Assis

    Cristiane Lopes

    Mariana Carvalho

    Zucco

    Delegado Palumbo

    General Pazuello

    Mauricio do Vôlei

    Junio Amaral

    Capitão Alden

    Cabo Gilberto Silva

    Jefferson Campos

    Dr. Fernando Máximo

    Alfredo Gaspar

    Eros Biondini

    Gilson Marques

    Evair Vieira de Melo

    Nikolas Ferreira

    Roberta Roma

    Dr. Zacharias Calil

    Helio Lopes

    Magda Mofatto

    Dr. Frederico

    Soraya Santos

    Marcelo Moraes

    Roberto Monteiro Pai

    Silvia Cristina

    Pedro Westphalen

    Any Ortiz

    Geovania de Sá

    Coronel Chrisóstomo

    Carla Zambelli

    Clarissa Tércio

    Osmar Terra

    Rodolfo Nogueira

    Paulo Freire Costa

    Altineu Côrtes

    Rosana Valle

    Dr. Luiz Ovando

    Amaro Neto

    Alberto Fraga

    Ismael

    Subscritor

    Carlos Jordy

    José Medeiros

    Capitão Alberto Neto

    Sargento Portugal

    Dr. Victor Linhalis

    Lincoln Portela

    Josivaldo Jp

    Coronel Fernanda

    Marx Beltrão

    Sanderson



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