segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Israel afirma que Lula não é bem-vindo no país

    O Ministério das Relações Exteriores de Israel comunicou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é bem-vindo no país. Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira, 19, Tel-Aviv condenou as declarações do petista, que comparou a contraofensiva israelense em Gaza ao extermínio de 6 milhões de judeus.

    “Não esqueceremos nem perdoaremos”, escreveu o chanceler Israel Katz, em mensagem à diplomacia brasileira. “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele não é bem-vindo em Israel até que retire o que disse.”

    זימנתי הבוקר את שגריר ברזיל בישראל ליד ושם, המקום שמעיד יותר מכל על מה שעשו הנאצים והיטלר ליהודים, בהם בני משפחתי.

    ההשוואה של נשיא ברזיל לולה @LulaOficial בין המלחמה הצודקת של ישראל בחמאס, לבין מעשיהם של היטלר והנאצים, שהשמידו 6 מיליון יהודים, היא התקפה אנטישמית חמורה שמחללת את… pic.twitter.com/QErDw4tElb

    — ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) February 19, 2024

    No domingo 18, durante entrevista coletiva na Etiópia, o presidente acusou Israel de cometer genocídio em Gaza. Para Lula, a reação israelense é similar ao morticínio praticado pelo ditador nazista Adolf Hitler.

    Em mais um momento de insanidade Lula compara o Governo de Israel a Hitler, quando promoveu a morte de milhões de judeus em câmaras de gás. pic.twitter.com/g8uxXKcrRW

    — Delegado Ramagem (@delegadoramagem) February 18, 2024

    O recado de Katz segue a onda de repúdio que teve início logo depois das declarações do petista. O presidente do Yad Vashem, mais importante memorial sobre o Holocausto, qualificou as afirmações de Lula como ultrajantes. “É extremamente decepcionante que Lula tenha recorrido à distorção do Holocausto e à propagação de sentimentos antissemitas”, lamentou Dani Dayan, em comunicado.

    Confederação Israelita do Brasil condena declarações de Lula

    Em entrevista a Oeste, o presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, considerou as declarações de Lula “lamentáveis” e “resultado de desconhecimento”.

    “É mais ignorância do que outra coisa”, disse o presidente do Conib. “É frustrante, porque o presidente Lula tem ambições de desempenhar um papel relevante no cenário geopolítico internacional. Mas conseguiu uma única coisa: uma manifestação do Hamas, que aplaudiu suas falas.”

    Segundo Lottenberg, o apoio do Hamas é prejudicial ao presidente e ao Brasil. “Lula acabou sendo reconhecido por uma organização terrorista que sabe sequestrar, matar e colocar crianças vivas dentro de fornos”, afirmou. “Esse grupo é composto de criminosos. É uma pena que o nosso presidente seja aplaudido por esse tipo de pessoas. É lamentável.”

    Menção ao nazismo revolta instituições judaicas

    Instituições ligadas a Israel condenaram o discurso em que Lula comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto, promovido pelo nazistaAdolf Hitler. Foram divulgados comunicados pelo Instituto Brasil-Israel, pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj) e pela StandWithUs.

    O Instituto Brasil-Israel afirmou que a declaração de Lula “é um erro grosseiro, que aumenta tensões e prejudica a credibilidade do governo brasileiro como um interlocutor pela paz”. “Não há paralelo histórico a ser estabelecido com a guerra em resposta aos ataques do Hamas”, observou.

    Já a Fierj ressaltou que Israel e os judeus “não são genocidas”. A federação ainda chamou a comparação ao nazismo de “inadequada” e exigiu do governo brasileiro a libertação de reféns.

    “Fazer uma comparação como essa reforça a visão deturpada sobre quem são os judeus e as verdadeiras causas da guerra, já que Israel foi atacado pelo grupo terrorista Hamas”, constatou a Fierj. “Diante de tudo isso, não é possível que os governantes brasileiros não tenham, de fato, feito gestos para condenar o verdadeiro terrorismo imposto pelo Hamas, mesmo havendo entre as vítimas brasileiros.”

    A StandWithUs, instituição educacional sobre Israel, também comentou o assunto e classificou o discurso de Lula como “desastroso”. Para a entidade, “é evidente seu profundo desconhecimento” sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre o conflito histórico entre Israel e os palestinos.

    “O presidente Lula ultrapassou neste domingo todos os limites”, declarou a entidade, em nota. “Atacou Estado judeu com uma declaração infame, que envergonhará o Brasil por muito tempo.”

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