O Exército de Israel comunicou hoje que o Hamas tem usado as instalações do principal hospital de Gaza, Al Shifa, para fins militares “por vários anos”, em resposta às críticas da ONU e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os ataques nas proximidades da unidade de saúde.
“Nós estamos conscientes da presença de instalações militares do Hamas diretamente sob o hospital”, declarou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Jonathan Conricus, durante uma entrevista coletiva via videoconferência com jornalistas credenciados na ONU.
“O uso de instalações civis, como o hospital, para fins militares é condenável pela OMS. Estamos preocupados com os pacientes que estão sendo tratados lá, pois essa prática coloca suas vidas em risco”, acrescentou.
Conricus afirmou que as forças israelenses continuam com sua estratégia de atacar locais onde há alvos militares e também onde esteja presente um alto comandante do Hamas, priorizando o norte de Gaza e a Cidade de Gaza.
Sobre as críticas das organizações humanitárias em relação à proibição de entrada de combustível em Gaza por parte de Israel, o porta-voz disse que “é o Hamas que armazena combustível e água para seus próprios propósitos e é o próprio grupo que impede o fluxo de suprimentos humanitários”.
“O Hamas utiliza esse combustível para abastecer o fornecimento de eletricidade e a ventilação dos túneis subterrâneos que utiliza em Gaza para se esconder das forças israelenses”, ressaltou.
“A guerra continuará até que possamos desmantelar o Hamas e devolver a segurança às nossas comunidades próximas a Gaza”, concluiu.
