segunda-feira, 8 julho, 2024
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    Jeffrey Epstein tem ligações com Bill Clinton, apontam documentos

    Na 4ª feira (3.jan), foram divulgados nomes de vítimas, associados comerciais e conhecidos do bilionário acusado de exploração sexual. No entanto, as informações presentes nos documentos não revelam detalhes explosivos sobre o caso

    Foram disponibilizadas ao público mais de 900 páginas de documentos judiciais ligados a Jeffrey Epstein, bilionário norte-americano, na 4ª feira (3.jan.2024). Epstein, preso em julho de 2019 por acusações de abuso sexual de menores e tráfico, faleceu na prisão em agosto do mesmo ano, aparentemente por suicídio.

    A lista contém os nomes de 184 pessoas relacionadas ao bilionário, incluindo vítimas, associados comerciais, amigos e conhecidos, como os ex-presidentes norte-americanos Bill Clinton (1993-2001) e Donald Trump (2017-2021), além do príncipe Andrew, do Reino Unido. A abertura dos documentos foi ordenada em dezembro pela juíza Loretta Preska, de Nova York. Leia a versão completa (PDF – 23,9 MB).

    Havia a expectativa de que os documentos forneceriam contexto sobre a relação das personalidades com Epstein. No entanto, a maior parte dos nomes e relatos presentes nos arquivos já havia sido tornada pública. Até o momento, apenas Epstein e sua ex-namorada Ghislaine Maxwell foram acusados criminalmente como resultado das investigações.

    Os documentos fazem parte de um processo iniciado por uma rede de vítimas. As acusações estavam lacradas ou redigidas de forma a ocultar os nomes das vítimas, bem como de outros possíveis agressores associados a Epstein. Esta é a primeira vez que são divulgados ao público pelo sistema jurídico.

    Dentre os documentos inéditos abertos, destaca-se um depoimento feito por Johanna Sjoberg em 2016, uma das possíveis vítimas do bilionário, com quem trabalhou de 2001 a 2006. Questionada se Epstein já havia mencionado algo sobre Bill Clinton, Sjoberg mencionou um suposto comentário do ex-presidente insinuando que ele “aprecia mulheres jovens” –em relação a garotas.

    Confira abaixo, em inglês, um trecho do documento que menciona Bill Clinton:

    Um dos trechos dos documentos divulgados apresenta uma referência ao ex-presidente norte-americano, mencionando a preferência de Clinton por mulheres “jovens”. A declaração foi feita por Johanna Sjoberg, uma das possíveis vítimas de Epstein

    Apesar do impacto político causado pelo envolvimento com a estagiária Monica Lewinsky no final da década de 1990, o democrata nunca foi acusado por crimes relacionados a Epstein. Um porta-voz do ex-presidente disse à CNN na 4ª feira (3.jan) que “já se passaram quase 20 anos desde a última vez que o presidente Clinton teve contato com Epstein” e que o ex-chefe do Executivo não se opunha à abertura dos documentos.

    O depoimento de Sjoberg também menciona Trump e o príncipe Andrew. Segundo ela, Epstein sugeriu que visitassem o cassino do republicano depois de uma parada não planejada de seu avião em Nova Jersey: “Jeffrey disse: ‘Ótimo, vamos ligar para Trump’”.

    Não há menções, no entanto, de atitudes inapropriadas por parte do republicano. Em 2019, ao ser questionado sobre seu relacionamento com o bilionário, o ex-presidente dos EUA afirmou ter tido um “desentendimento” com Epstein. Ele também declarou que “não era fã” de Epstein.

    Já sobre o irmão do rei Charles 3º, Sjoberg menciona que Andrew “colocou a mão” em seu peito quando foram apresentados. Em 2022, o príncipe Andrew chegou a um acordo com Virginia Giuffre, outra possível vítima de Epstein, que o acusou de abuso quando ela tinha 17 anos.

    Além deles, também são mencionados em depoimentos o mágico David Copperfield, o bilionário Glenn Dubin, o agente de modelos Jean-Luc Brunel, o ex-governador do Novo México (EUA) Bill Richardson e o ex-advogado de Epstein Alan Dershowitz.

    Em alguns trechos, há ainda nomes que estão sob sigilo. Alguns desses casos se referem a vítimas menores de idade que ainda não falaram publicamente sobre os possíveis abusos sexuais sofridos.

    A maior parte dos documentos envolve depoimentos de mulheres que acusam Epstein de crimes sexuais cometidos entre a década de 1990 e 2008, quando ele foi condenado na Flórida por tentar convencer uma adolescente a se prostituir. Contudo, suspeita-se que a rede de tráfico sexual tenha continuado após esse período. Há a expectativa de que novos documentos sobre Epstein sejam publicados futuramente.

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