segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Lua incandescente de Júpiter tem cinturões de lava, revela sonda da NASA

    A Io, uma das quatro maiores satélites de Júpiter, é o astro mais vulcânico do Sistema Solar. E informações obtidas pela sonda Juno, da NASA, demonstram o quão incandescente a lua é. Para você ter noção, a superfície de Io é coberta por lagos de lava, que, por sua vez, são cercados por cinturões também de lava.

    Paisagem incandescente de satélite de Júpiter é ainda mais aterrorizante do que se imaginava

    • Io, uma das satélites de Júpiter, é o astro mais vulcânico do Sistema Solar. E a sonda espacial Juno, da NASA, coletou informações que evidenciam a extrema vulcanicidade de Io, cuja superfície é coberta por lagos de lava cercados por cinturões de lava;
    • Em maio de 2023, Juno passou a 35 mil quilômetros de Io, porém a descoberta dos cinturões de lava foi publicada somente em junho de 2024. Juno está equipada com o Mapeador Auroral Infravermelho de Júpiter (JIRAM), que revelou detalhes da superfície de Io, incluindo lagos de lava contidos em caldeiras;
    • A luz solar tênue em Io forma crostas rapidamente nos lagos de lava, porém o JIRAM demonstrou que cinturões de lava líquida podem se manifestar na borda dos lagos. Alessandro Mura, do Instituto Nacional de Astrofísica em Roma, explicou que os lagos de lava em Io se assemelham aos do Havaí, com paredes que impedem o transbordamento de magma;
    • O satélite possui mais de 400 vulcões ativos, erupções que lançam colunas de gás e poeira a grandes alturas, com temperaturas que podem atingir 1.400°C. Ao contrário dos vulcões na Terra, o vulcanismo de Io é impulsionado pela interação gravitacional com Júpiter.

    Io é a terceira entre as satélites de Júpiter. E não há discussão sobre sua liderança no pódio de astros mais vulcânicos do Sistema Solar. Isto ocorre porque:

    • Superfície em constante erupção: Io é um mundo infernal, com mais de 400 vulcões ativos espalhados por sua superfície;
    • Erupções colossais: Esses vulcões lançam colunas de gás e poeira a quilômetros de altura, moldando a paisagem lunar de forma dinâmica e incessante;
    • Calor intenso: A atividade vulcânica intensa de Io gera um calor interno colossal, tornando-a o satélite mais quente do Sistema Solar, com temperaturas que podem chegar a 1.400°C em algumas regiões;
    • Processo vulcânico singular: Ao contrário da maioria dos vulcões na Terra, alimentados por placas tectônicas, o vulcanismo de Io é impulsionado pela fricção gerada por sua interação com o intenso campo gravitacional de Júpiter (é como se o planeta a utilizasse como bolinha de estresse).

    Lua de Júpiter tem lagos circundados por cinturões – tudo de lava

    A Io, uma das quatro maiores satélites de Júpiter, é o astro mais vulcânico do Sistema Solar (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

    Juno cruzou com Io a uma distância de 35 mil quilômetros em maio de 2023. Faz bastante tempo. No entanto, o estudo sobre os cinturões de lava do satélite só foi divulgado em junho de 2024, na revista científica Communications Earth & Environment.

    A sonda Galileo, enviada pela NASA em 1989, já havia coletadomuitas informações sobre Júpiter e seus satélites. No entanto, a sonda Juno possui instrumentos mais avançados, como o Mapeador Auroral Infravermelho de Júpiter (JIRAM), que opera em infravermelho, similar ao telescópio James Webb.

    “As imagens infravermelhas de alta resolução do JIRAM, aliadas à posição favorável da Juno durante as passagens próximas, revelaram que a superfície de Io é coberta por lagos de lava contidos em estruturas semelhantes a caldeiras”, afirmou Alessandro Mura, do Instituto Nacional de Astrofísica em Roma, em um comunicado divulgado no site da NASA.

    Como ocorre a formação dos anéis de lava na lua de Júpiter

    Montagem com imagem de anel de lava na lua Io de Júpiter
    Apesar da luz solar ser fraca na lua Io, a lava se mantém líquida na borda formada ao redor de lago, também de lava, originando o anel (Imagem: NASA/JPL-Caltech/SwRI/ASI/INAF/JIRAM/MSSS e Olhar Digital)

    A intensidade da luz solar em Io é insuficiente para manter a lava no estado líquido por muito tempo, resultando rapidamente na formação de uma crosta sobre a superfície de cada lago. Entretanto, o JIRAM demonstrou que, em alguns cenários, uma borda líquida sobrevive ao redor do lago, sem transbordar. É assim que os anéis de lava se configuram.

    “Agora temos uma compreensão do tipo mais comum de vulcanismo em Io: grandes lagos de lava nos quais o magma se eleva e desce”, explicou Mura. “A crosta de lava é pressionada a se quebrar contra as paredes do lago, originando o característico anel de lava visível nos lagos de lava havaianos. Provavelmente, as paredes têm centenas de metros de altura, o que justifica por que comumente não se observa magma transbordando das crateras [espécie de bacias formadas pelo vulcanismo] e deslocando-se pela superfície lunar.”

    Assista a seguir uma demonstração em 3D de um lago cercado por um anel de lava em Io:



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