O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira, 27, que dificilmente a meta fiscal de déficit zero para 2024 será cumprida.
Em entrevista com jornalistas em um moca da manhã, Lula disse que a meta “dificilmente será cumprida” e que não vai trinchar investimentos para que seja provável fechar as contas.
O busto fiscal do governo estabelece uma meta de resultado primordial zero para o próximo ano, com uma margem de tolerância de 0,25%.
“Quero expressar para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”, disse Lula. “Se o Brasil tiver um déficit de 0,5%, o que é? De 0,25%, o que é? Zero. Praticamente zero. Portanto nós vamos tomar a decisão correta e vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil.”
Zerar a meta era uma dos principais objetivos de Haddad, que anteriormente admitiu ser “difícil”, sem antes ter falado sobre descumprimento.
“Mercado é ganancioso”, diz Lula
Em setembro, o governo reduziu a estimativa de déficit para 2023, mas ainda assim vai realizar um bloqueio de mais R$ 600 milhões para satisfazer a meta fiscal.
“A gente não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a encetar o ano fazendo galanteio de bilhões nas obras que são prioritárias para oriente pais”, afirmou Lula. “Portanto eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que eles sabem que não vai ser cumprida.”
Os ministros do Planejamento e da Fazenda, Simone Tebet e Fernando Haddad, anunciaram o bloqueio de R$ 3,8 bilhões em despesas discricionárias no Orçamento de 2023 no dia 22 deste mês. Isso equivale a um aumento de R$ 600 milhões no limite.
Lula comentou que o governo faria tudo para conseguir satisfazer a meta fiscal, mas ratificou que “ela não precisa ser zero”.