No dia 18 de agosto, o líder Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou desaprovação à Operação Lava Jato durante a retomada de investimentos e expansão da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada no sul de Pernambuco.
Enquanto criticava a Lava Jato, Lula afirmou que o que aconteceu no país foi uma “conspiração entre alguns juízes deste país com os Estados Unidos”, e que “pastores que mentiram vão para o castigo”.
A Refinaria Abreu e Lima foi inaugurada durante o primeiro mandato de Lula. Ela ficou conhecida como a “refinaria mais dispendiosa do mundo”.
Na época, o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Operação Lava Jato destacaram algumas irregularidades da refinaria. Inicialmente, o projeto deveria custar quase R$ 10 bilhões, mas acabou custando mais de R$ 90 bilhões.
Lula admitiu que Hugo Chávez, então presidente venezuelano e seu aliado político, “nunca colocou um centavo” na obra. No entanto, não demonstrou arrependimento, mesmo diante do atraso na construção.
Conforme o político do Partido dos Trabalhadores, o intuito era estabelecer uma parceria com o país vizinho para que fosse feito o refinamento do petróleo brasileiro e venezuelano, porém as estatais não chegaram a um consenso em relação aos termos de colaboração.
Críticas de Lula a Bolsonaro e pastores
Em meio às inúmeras críticas à Lava Jato, Lula mencionou as eleições de 2018 e chegou a referir-se a Bolsonaro como “psicopata”.
“É necessário averiguar quanto dinheiro este país perdeu nesses dez anos de atraso nessa empresa”, afirmou Lula. “Quanto salário deixou de ser pago, quantas pessoas não têm benefícios neste país, quanto que este país perdeu da sua competitividade internacional até chegar ao ponto de eleger um psicopata para ser presidente deste país.”
Em relação às suas condenações judiciais, o petista declarou que pastores “mentiram”. “As pessoas que me acusaram estão apodrecendo, porque sabem que mentiram e sabem que o castigo os aguarda por tanta mentira”, disse Lula, sem mencionar nomes.
“As pessoas que me acusaram sabem que mentiram, sabem que estão mentindo e que Deus está observando. Contudo, isso faz parte de um jogo sórdido, talvez o pior que já vi.”
Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Bruno Lemes
