O mandatário Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo, 3, que o Brasil jamais se associará à Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep).
“Não existe qualquer contradição, não há absolutamente nada”, declarou Lula. “O Brasil nunca será membro pleno da Opep, pois não desejamos. No entanto, o que almejamos é exercer influência.”
O presidente também salientou que os recursos provenientes do petróleo podem contribuir para financiar a expansão de outras fontes de energia, como o álcool combustível, o biodiesel, o hidrogênio verde, a energia solar e a eólica.
“De fato, é necessário reduzir o uso de combustíveis fósseis, mas também é imprescindível criarmos alternativas”, observou. “Portanto, ao invés de simplesmente eliminar por sectarismo, é preciso oferecer à humanidade uma opção.”
Lula afirma que não exercerá “influência” na Opep+
O político defendeu que a participação do Brasil no grupo é crucial para persuadir os países produtores de petróleo a reduzirem a exploração de combustíveis fósseis. Lula participou de uma reunião com a sociedade civil durante a Cúpula do Clima da ONU.
O presidente argumentou que é necessário utilizar os recursos provenientes do lucro do petróleo para desenvolver tecnologias de produção de energias renováveis. Ele também destacou que, para atingir a meta de reduzir o uso de combustíveis fósseis, é necessário lidar com os interesses de diversos países e desenvolver alternativas. “Porque, se não criarmos alternativas, não poderemos afirmar que eliminaríamos os combustíveis fósseis.”
De acordo com o político, “eliminar os combustíveis fósseis é um anseio”. “Alcançar tal objetivo é uma batalha, um embate”, acrescentou.