segunda-feira, 1 julho, 2024
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    O cloreto de sódio não prejudica indivíduos com insuficiência cardíaca, diz análise | limitação de sal | revisão científica | sal na alimentação


    Texto convertido e ajustado do inglês, publicado pela matriz americana do Epoch Times.

    A restrição de sal, uma orientação de longa data para pacientes com insuficiência cardíaca, não apresenta benefícios clínicos comprovados, segundo uma revisão divulgada na quarta-feira (26) no European Journal of Clinical Investigation.

    Embora alguns estudos tenham indicado possíveis melhoras na qualidade de vida e na funcionalidade, o autor da análise, Dr. Paolo Raggi, da Universidade de Alberta, explicou que não existem evidências de que a restrição severa de cloreto de sódio diminua a mortalidade e a necessidade de hospitalização em pacientes com insuficiência cardíaca.

    A análise avaliou pesquisas controladas e randomizadas realizadas de 2000 a 2023. A maioria era pequena, e um único estudo extenso foi encerrado antecipadamente por ser considerado fútil.

    “Os médicos geralmente resistem a modificar preceitos antigos que carecem de verdadeira fundamentação científica; contudo, quando surgem novas provas consistentes, é importante incorporá-las”, afirmou o Dr. Raggi em comunicado à imprensa.

    De que forma o sal impacta o funcionamento do coração?

    A insuficiência cardíaca é uma condição crônica que ocorre quando os músculos cardíacos não conseguem bombear sangue em quantidade suficiente para suprir as exigências de oxigênio e sangue do corpo.

    A redução do consumo de sal é indicada na insuficiência cardíaca porque o mineral provoca retenção de líquidos. O aumento da concentração de sal no sangue pode elevar o volume sanguíneo, elevando, por conseguinte, a pressão arterial e, potencialmente, causar danos aos vasos sanguíneos e ao coração.

    Diminuições significativas no consumo de sal também podem ocasionar uma queda abrupta no volume sanguíneo, o que pode ser prejudicial.

    Os cientistas não chegam a um consenso quanto à quantidade de sal que deve ser reduzida, e essa disparidade decorre de divergências na interpretação dos dados, mencionou o Dr. Raggi.

    Também é difícil conduzir uma pesquisa adequada para avaliar os efeitos de longo prazo da limitação de sal, uma vez que as dietas com baixo teor de sal são desafiadoras para os pacientes seguirem e a quantidade de sal ingerida é complexa de mensurar.

    Várias entidades de saúde importantes, incluindo a American Heart Association (AHA), recomendam que os pacientes com insuficiência cardíaca consumam menos de 2 gramas (aproximadamente meia colher de chá) de sal por dia. O especialista mencionou que essa recomendação provavelmente derivou das conclusões de diversos estudos, incluindo o renomado estudo DASH-sodium, que constatou que indivíduos que ingeriam menos de 1,5 gramas de sal diariamente apresentavam pressão arterial mais baixa.

    Apesar de os defensores do estudo DASH-sodium respaldarem suas descobertas e orientações, os críticos argumentam que ele foi breve demais e que é improvável que tais restrições de sal sejam sustentáveis a longo prazo.

    O Dr. Raggi mencionou que moderar o consumo de sal seria benéfico para indivíduos que ingerem níveis elevados do mineral. Contudo, não se sabe precisamente quanta quantidade de sal deve ser reduzida. A qualidade de vida pode melhorar.

    Requerendo a diminuição do consumo de sal; porém, não existem provas clínicas de que isso resulte em menos eventos cardiovasculares e mortes.

    Apesar de a restrição de sal reduzir de forma evidente a pressão arterial, especialmente em pacientes com hipertensão, o efeito parece diminuir com o passar do tempo.

    “Calculou-se que dezenas de milhares de pacientes (os números variam dependendo do perfil de risco inicial da população estudada) teriam que ser acompanhados por 5 a 10 anos para comprovar que uma ingestão rigorosa de sódio está associada a uma diminuição de 15% nos eventos cardiovasculares. Essa proposição parece improvável de se concretizar”, escreveu o autor.

    Mesmo a análise da Cochrane, considerada o padrão ouro em pesquisa, apresentou um resultado inconclusivo.

    “A análise da Cochrane concluiu que não havia poder suficiente para indicar um efeito sobre a mortalidade, embora possa existir uma redução nos eventos cardiovasculares com a restrição de sódio”, escreveu o Dr. Raggi.

    Ele notou que nenhum dos estudos englobados na análise da Cochrane e os diversos estudos anteriores a esta sugeriram que o consumo de sal deve ser tão reduzido quanto as recomendações de entidades como a AHA. Dessa forma, ele concluiu que as dúvidas sobre a ingestão adequada de sal permanecem sem resposta.

    Diminuição de líquidos?

    Ao invés de focar na ingestão de sódio, o Dr. Raggi afirmou que monitorar o consumo de líquidos poderia auxiliar no tratamento de indivíduos com insuficiência cardíaca. Na insuficiência cardíaca, os vasos sanguíneos se dilatam e o inchaço sob a pele se manifesta. Conforme a doença avança, o volume total do corpo também aumenta. Logo, ele argumentou, pode ser prudente restringir a ingestão de líquidos para reduzir ainda mais o inchaço.

    Apesar de algumas pesquisas terem avaliado essa teoria, o tamanho das amostras é relativamente pequeno e as evidências que apontam benefícios significativos são limitadas.

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