O ChromeOS se trata de um sistema operacional Linux produzido pelo Google, inspirado no navegador Google Chrome e fundamentado na nuvem (operando essencialmente online). A plataforma funciona de forma eficiente em notebooks com configurações leves e preços acessíveis, o que o torna ideal para atividades menos complexas como redação, acesso à rede, consumo de entretenimento via streaming ou estudo.
Quais aplicativos funcionam no ChromeOS?
No geral, qualquer aplicativo que opera no navegador do Google é capaz de funcionar no sistema operacional, uma vez que o marketplace de extensões de ambos é o mesmo, a Chrome Web Store.
Isso engloba aplicações web progressivas, como as plataformas de produtividade Google Docs e Microsoft 365, e as extensões do próprio navegador, que acrescentam recursos adicionais. A partir de 2016, os Chromebooks (notebooks que rodam ChromeOS) também se tornaram capazes de rodar apps de Android a partir da Google Play Store e, em 2018, foi adicionado o suporte limitado a softwares do Linux por meio de uma máquina virtual.
Os Chromebooks também dispõem de reprodutores de mídia, gerenciadores de arquivos e ferramentas de acesso remoto já integrados, com a combinação de todos esses aspectos resultando em uma solução descomplicada de utilizar e que já vem “pronta”, bastando que o usuário faça login com uma conta do Google para começar a utilizar. O suporte também se estende a acessórios como teclados, mouses, monitores, HDs externos e até mesas digitalizadoras.
O ChromeOS apenas funciona online?
Como a ênfase principal dos Chromebooks está nas aplicações web e baseadas na nuvem, e sua própria arquitetura tem um navegador como base, a maioria dos recursos do sistema pode não operar sem internet. Entretanto, não é como se as máquinas se tornassem inúteis sem a conexão, já que outras funções básicas podem operar.
Isso inclui, por exemplo, o acesso a arquivos de mídia que tenham sido baixados para o dispositivo, jogos sem modo multiplayer ou serviços online e softwares de produtividade, que podem ser utilizados para editar documentos localmente. Sem a conexão, claro, recursos de colaboração e sincronização não ficam disponíveis, enquanto os arquivos serão atualizados na próxima vez que o computador estiver conectado.
Com internet disponível, o Chromebook passa a ter acesso a centenas de softwares e serviços online. No geral, tudo o que pode ser acessado através do navegador em um computador comum também funciona nos dispositivos, enquanto extensões e apps especializados ampliam ainda mais essas funcionalidades ou proporcionam um suporte melhor para as particularidades da plataforma.
O ChromeOS é de código aberto?
Apesar de ter o Linux como base, o ChromeOS não é necessariamente um sistema de código aberto, já que seu desenvolvimento é gerenciado apenas pelo Google. A empresa libera a plataforma para instalação nos dispositivos parceiros, que recebem o nome de Chromebooks e têm Acer e Samsung como os principais nomes do mercado.
Essa situação de exclusividade durou até 2022, quando o Google lançou o ChromeOS Flex. A versão, apesar de ainda ser gerenciada diretamente pela gigante, pode ser instalada em qualquer computador que atenda às especificações do sistema para substituir o Windows ou o Linux, por exemplo.
Apesar de a plataforma não receber suporte direto da comunidade, ela também possui uma alternativa de código aberto. Trata-se do ChromiumOS, sistema operacional que tem a base do navegador, o Chromium, como elemento central e foi inicialmente desenvolvido pela Canonical (dona do Ubuntu), antes de passar pelas mãos da equipe do Gentoo Linux e se tornar plenamente aberto.
Outros dispositivos também podem operar com o ChromeOS
O principal foco do Google com o sistema operacional, como mencionado, está nos computadores econômicos, utilizados principalmente no mercado corporativo ou por estudantes. Porém, ao longo dos anos e com o desenvolvimento da plataforma, novas opções e possibilidades se apresentaram, direcionadas principalmente à versatilidade e leveza da tecnologia.
Em 2014, a LG apresentou o primeiro Chromebase, um all-in-one funcionando com o ChromeOS. No ano seguinte, a Asus iniciou a linha dos Chromebits, minicomputadores do tamanho de um pendrive que podem ser conectados a um monitor ou TV por meio de saída HDMI. Em 2018, foi a vez da introdução dos primeiros tablets com o sistema operacional, em uma tentativa de rivalizar com o iPad, da Apple.