segunda-feira, 8 julho, 2024
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    Oposicionistas buscam instaurar CPI da Organização Digital apenas na Câmara

    Desde a apresentação de um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as atividades da agência Mynd8 junto ao governo do PT, parlamentares da oposição têm manifestado apoio à realização da CPI somente na Câmara dos Deputados como forma de tentar reduzir a interferência do governo.

    Os deputados buscam evitar que a CPI sofra o mesmo destino que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

    O pedido para a abertura da CPI da Organização Digital, nome pelo qual a Comissão vem sendo identificada, foi protocolado na quarta-feira (3) pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).

    “Estou protocolando, agora, um pedido de abertura de uma CPI para investigar a Mynd, seus sócios, perfis e influenciadores sob sua gestão. Vamos expor de uma vez por todas o verdadeiro Gabinete do Ódio – CPI da verdadeira Milícia Digital”, escreveu o parlamentar na rede social X.

    A Mynd8 é responsável por mais de 30 perfis de fofoca e ativismo político, dentre os quais dois deles têm sido apontados como responsáveis pela morte da jovem Jéssica Canedo, de 22 anos. Jéssica cometeu suicídio depois de ter sido alvo de difamação dos perfis Garoto do Blog, Alfinetadas e Choquei. Este último foi agenciado pela Mynd8 até dezembro de 2021.

    A jovem se matou após a grande repercussão de um post afirmando falsamente que ela mantinha um caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. O alcance fez com que a jovem recebesse uma onda de ataques nas redes sociais.

    Ao expressar seu apoio ao pedido da CPI, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse, nas redes sociais, que a oposição não realizará CPMI “para que Pacheco (presidente do Senado) não tenha poder sobre a composição da Comissão”.

    “Realizaremos uma CPI na Câmara e reitero que estamos confiantes de que Lira (presidente da Câmara) garantirá a equidade de partidos, como fez na CPI do MST”, completou a deputada.

    Procurada pela Gazeta do Povo, Zambelli disse que o histórico de Arthur Lira (PP-AL) oferece mais tranquilidade à oposição para o funcionamento de uma CPI.

    “Achamos que o Lira tem um processo democrático maior. Todas as vezes que montamos CPI, ele nos concedeu o direito, pelo menos, ao que é correto, ou seja, escolher presidente e relatoria e também as vagas equacionadas”, disse a deputada ao recordar que no caso da CPMI do 8/1, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) retirou a relatoria e a presidência da oposição, mesmo o pedido partindo de um parlamentar da oposição.

    Ao declarar apoio à CPI, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que é importante “definir claramente o escopo (da CPI) para que a esquerda não amplie a investigação para criar narrativas, como fizeram na CPMI do 8/1”.

    Em publicação em suas redes sociais, o deputado também afirmou que apesar das dificuldades enfrentadas pela oposição na CPMI do 8/1, ela “conseguiu mostrar para o Brasil a verdade sobre o dia 8 de janeiro, as prisões ilegais, a falta de ampla defesa e a omissão do governo federal”.

    Na visão do parlamentar, apesar dos riscos, a CPI da Organização Digital poderá resultar em “resultados satisfatórios”.



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