quarta-feira, 26 junho, 2024
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    Pesquisadores propõem “desmembrar” Mercúrio para criar um escudo no Sol. Por qual motivo?


    Existe uma ideia fascinante que se fundamenta na utilização de um planeta para erigir um “enxame” específico ao redor de uma estrela para absorver energia dela. No caso do nosso Sistema Solar, teríamos como principais atores nisso Mercúrio sendo “desmantelado” para que os materiais dele se transformem em algo como um “escudo” no Sol.

    Obviamente, tudo possui um ar de tecnologia extremamente avançada, domínio espacial que (com os pés no chão) pode demorar séculos para a humanidade alcançar. E isso se nós ainda estivermos por aqui, sem termos nos “exterminado” antes.

    Leia também:

    Esfera de Dyson e a vida alienígena

    Vamos a algo importante: essa ideia tem como inspiração uma proposta feita pelo físico e matemático Freeman Dyson em 1960. Conhecida como “Esfera de Dyson”, resumidamente, temos algo como uma concha composta por espelhos ou painéis solares envolvendo completamente uma estrela para aproveitar toda a energia que ela produz.

    Nesse sentido, tal ideia tem sido levada muito a sério pelos pesquisadores (vejam só) na procura por vida alienígena. Em maio, por exemplo, duas pesquisas revelaram que estrelas da nossa galáxia tiveram misteriosos picos de calor infravermelho, dando lugar à hipótese de que esferas de Dyson estariam sendo usadas por civilizações avançadas para captação de energia.

    E onde Mercúrio se encaixa nisso?

    Trazendo mais para perto da nossa região cósmica, como seria um empreendimento dessa forma? Bom, de acordo com uma proposta feita pelo bioeticista e futurista canadense George Dvorsky, Mercúrio é o candidato ideal para fornecer os materiais necessários para esse projeto de “escudo” ao redor do Sol, justamente devido à sua proximidade com nossa estrela.

    Em 2012, no artigo intitulado “Como construir uma esfera de Dyson em cinco etapas (relativamente) fáceis” (na tradução direta), ele indicava essa possibilidade começando em cerca de 25 a 50 anos – com a conclusão da primeira fase necessitando apenas algumas décadas. Essa proposta ganhou alguns apoiadores que a tornaram ainda mais “realista” (dentro do cenário hipotético).

    Por exemplo, em vez de uma esfera robusta ao redor do Sol, surgiu um desenho de “enxame de Dyson”. Em sintonia com espelhos leves muito grandes concentrando a radiação solar em pontos focais, onde ela seria convertida em trabalho útil (e possivelmente irradiada pelo espaço para uso em outro lugar).

    Grandes desafios para construir o escudo

    Além da proximidade com o Sol, Mercúrio se destaca na ideia de fonte de materiais para o escudo graças à rica composição de metal que possui. Ainda assim, levar tanta tecnologia para o planeta seria verdadeiramente um trabalho gigantesco.

    Há ainda outros obstáculos já em fases avançadas do projeto, que incluem coordenar as órbitas dessas estruturas (espelhos, painéis, satélites e etc.) para que elas não colidam ou eclipsem umas às outras. E, claro, o que não faltam são mais e mais detalhes de grande complexidade política, tecnológica, ética (e por aí vai) para o que seria, no mínimo, o maior projeto de construção já realizado pela humanidade.

    Em um cálculo feito em 2012, publicado na revista Forbes, na melhor expectativa, o desmantelamento de Mercúrio levaria 174 anos. Ou seja, com tudo feito a partir de economia total, uso inédito e sem desperdícios de energia da Terra nos desenvolvimentos do espaço, coleta e transmissão sem precedentes,comunicação interestelar avançada e correlatos (incluindo inclusive sondas autorreplicantes no empreendimento).



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