segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Pesquisas clínicas sobre câncer não trazem vantagem na sobrevida, indica estudo | estudos clínicos de câncer | vantagem de sobrevida | impacto pesquisa


    Texto traduzido e adaptado do inglês, inicialmente publicado pela fonte americana do Epoch Times.

    Para muitas pessoas em batalha contra o câncer, as pesquisas clínicas podem se apresentar como uma fonte de esperança, concedendo acesso a novos remédios e acompanhamento frequente. Essa vantagem percebida, conhecida como “impacto pesquisa”, levou médicos e pacientes a acreditar que a participação em pesquisas pode melhorar os resultados de saúde e prolongar a vida.

    Contudo, uma nova análise sugere que, afinal, os doentes com câncer podem não obter qualquer vantagem na sobrevida com a participação em pesquisas clínicas.

    A vantagem de sobrevida em estudos sobre câncer desaparece em análises rigorosas

    A avaliação sistemática e meta-análise, divulgada no Journal of the American Medical Association, analisou informações de 39 textos de pesquisa entre 2000 e 2022. Esses textos compararam as taxas de sobrevivência de doentes com câncer inscritos em pesquisas clínicas com aqueles recebendo cuidados padrão, totalizando 85 dessas comparações.

    À primeira vista, a análise parecia corroborar a ideia de que as pesquisas clínicas levam a uma melhor sobrevivência, conhecida como o “efeito da pesquisa”. No geral, os doentes com câncer inscritos em pesquisas demonstraram maiores taxas de sobrevida em comparação com aqueles que recebiam cuidados padrão.

    No entanto, à medida que os pesquisadores aprofundaram a análise, a suposta vantagem começou a se dissolver. Ao focarem apenas em estudos de elevada qualidade que seguiam rigorosos padrões metodológicos, o benefício de sobrevida associado à participação em pesquisas tornou-se estatisticamente insignificante. Além disso, após ajustes para um possível viés de publicação, onde apenas resultados positivos tendem a ser notificados, a vantagem percebida desapareceu.

    Evidências históricas dos anos 1990 reportaram sinais discrepantes de que pesquisas clínicas poderiam melhorar as taxas de sobrevivência dos doentes. Embora as práticas de pesquisas clínicas tenham evoluído nos últimos 30 anos, com melhor monitoramento dos doentes e maior inclusividade, essas mudanças podem não influenciar realmente as taxas de sobrevida dos participantes, segundo os autores. Estudos recentes variam significativamente na avaliação de fatores que poderiam indicar falsamente uma vantagem de sobrevida das pesquisas.

    Por exemplo, a vantagem percebida de sobrevida da participação em pesquisas poderia simplesmente ser devida ao fato de que as pesquisas selecionam doentes com melhor prognóstico desde o início, ao invés de resultar do acompanhamento mais próximo em si. Ao não controlar adequadamente esse “viés de seleção de doentes”, onde pessoas mais saudáveis são mais propensas a participar das pesquisas, os estudos podem estar superdimensionando quaisquer ganhos reais de sobrevida decorrentes da participação.

    “Evidências de que a participação em pesquisas de câncer resulta em benefícios de sobrevida são principalmente impulsionadas por estudos que não consideram fatores que poderiam enviesar ou confundir essas estimativas”, escreveram os pesquisadores. “Esses achados podem parecer desanimadores para alguns defensores das pesquisas, dado o quanto eles

    Trabalham visando aprimorar os desfechos dos pacientes nos testes. Entretanto, uma interpretação mais reconfortante é que não existem provas de que excluir pacientes dos testes devido à ubicación geográfica, à indisponibilidade de testes para sua condição ou à inelegibilidade os priva de oportunidades de sobrevivência.

    Por qual razão isso é relevante

    Essa nova análise reforça achados de pesquisas anteriores que não conseguiram evidenciar de maneira clara que pacientes em testes randomizados têm desempenho superior àqueles tratados fora do contexto dos testes. Tais dados são extremamente pertinentes, já que o número de testes clínicos continua a aumentar de forma consistente.

    A quantidade de testes registrados no órgão federal explodiu desde 2000, quando o site ClinicalTrials.gov para registro de informações foi lançado, de acordo com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH). Naquela época, um pouco mais de 1.800 novos testes clínicos foram iniciados, porém em 2020, esse número subiu para 22.131 novos testes registrados.

    Esses testes clínicos desempenham um papel essencial no desenvolvimento de medicamentos, terapias e produtos, com empresas farmacêuticas investindo grandes quantias em pesquisa e desenvolvimento. De fato, os gastos com pesquisa e desenvolvimento representam de 75 a 85 por cento do orçamento da indústria farmacêutica anualmente, conforme o Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA. Uma etapa especialmente dispendiosa desse processo é a busca por pacientes para participar dos estudos de testes clínicos.

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