De acordo com a corporação, o indivíduo atuava para Rubem Dario da Silva Villar, também conhecido como “Colômbia”, sob investigação pelos assassinatos
A PF (Polícia Federal) deteve nesta sexta-feira (22.dez.2023) o indivíduo que trabalhava como guarda particular de Rubem Dario da Silva Villar, mais conhecido como “Colômbia”, suspeito pelos assassinatos do defensor dos direitos dos indígenas Bruno Pereira e do repórter Dom Phillips, em junho de 2022.
A detenção em flagrante por posse ilegal de arma de fogo ocorreu durante a execução do mandado de busca e apreensão na residência do investigado, no contexto das investigações que investigam o duplo assassinato. Foi localizada uma pistola PT 58 HC Taurus com a numeração suprimida e seis munições calibre 380.
A arma e as munições foram confiscadas e o detido foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Tabatinga (AM), onde ficará à disposição da Justiça Federal.
Relembre o caso
Bruno e Dom foram assassinados em 5 de junho de 2022, alvos de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas. A dupla foi vista pela última vez, enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com líderes indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram recuperados 10 dias depois. Eles foram sepultados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 km da calha do rio Itacoaí.
Identificados e detidos, Amarildo, Jefferson e Oseney foram denunciados por assassinar e ocultar os cadáveres das vítimas. A Justiça Federal no Amazonas determinou que os acusados dos assassinatos sejam levados a júri popular.
Constatou-se durante as investigações que Rubem Dario da Silva Villar, o “Colômbia”, foi indiciado como mandante dos homicídios, bem como outros envolvidos no esquema criminoso. Colômbia está detido em Manaus por falsificação de documentos de identidade e por liderar uma organização criminosa transnacional armada, em outra investigação que apurou pesca ilegal e contrabando.
Com a continuação das investigações, foi constatado em vários documentos que Colômbia contava com um guarda armado e gerenciava sua organização criminosa por meio de informações recebidas por esse guarda.
Com informações de Agência Brasil