Com apenas 39 anos, Thiago Carpini tornou-se o terceiro técnico mais jovem a conquistar um título pelo São Paulo ao vencer a Supercopa.
Ainda é prematuro prever qual será o ápice de sua carreira, mas os indícios são promissores. A possibilidade de ele alcançar o topo, de forma rápida, é concreta.
Contudo, já se constata que Carpini está no patamar que todos os treinadores brasileiros, tanto os nativos quanto os estrangeiros, deveriam seguir como exemplo.
As entrevistas coletivas do treinador são-paulino representam uma verdadeira aula em comparação ao caos que se tornaram as declarações de seus colegas de profissão após as partidas.
Antes de chegar ao São Paulo, Carpini dirigiu apenas equipes de pequeno e médio porte, onde o assédio da mídia era menor.
Desde sua primeira entrevista, ele transmite conhecimento, humildade, respeito e sensatez. Lida olho no olho.
Suas palavras não são ocas, como acontece com Tite. Não carregam o excesso de ressentimento de Abel Ferreira. Aborda o jogo em detalhes, algo que Luxemburgo já não consegue mais fazer. Não exibe a presunção desnecessária de Renato Gaúcho.
Carpini demonstra reverência a Dorival. Escolhe sempre as palavras adequadas até para falar sobre jogadores que cometem falhas, como Jamez Rodríguez.
Ele respeita seus adversários e não encara os jornalistas como inimigos.
Desejamos sucesso a Carpini e esperamos que ele não altere suas entrevistas ao alcançar o topo como treinador.
