O líder do Grupo Parlamentar da Agropecuária (GPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), considerou de ‘barbaridade’ a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que interrompeu as decisões judiciais que impediam o reinício do procedimento de demarcação da demarcação da terra indígena Tekoha Guasu Guavira, situada nos municípios paranaenses de Guaíra, Altônia e Terra Roxa, próximos à fronteira do Brasil com o Paraguai.
“Vamos precisar ir a Brasília, vamos necessitar nos reunir com o ministro da Justiça, vamos necessitar explicar para o STF a barbaridade que foi essa decisão. Mas a garantia para os nossos produtores rurais é que eles não estão sozinhos e que nós não vamos tolerar de forma alguma o prejuízo no Paraná, principalmente nessas áreas que são demarcadas, tituladas, de posse há centenas de anos”, afirma Lupion
Segundo o presidente do GPA, o receio é que a situação no Paraná seja o ‘começo de uma série de invasões, tentando forçar demarcações.
O prefeito de Guaíra, Heraldo Trento, disse que está acompanhando a situação.
Nesta sexta-feira (19), o governo federal autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na terra indígena.
A decisão saiu em portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Segundo o documento, a FNSP dará apoio a atividades e serviços imprescindíveis “à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”. A operação terá duração de 90 dias.
Em 10 de janeiro, três indígenas foram alvo de tiros. Em resposta, os indígenas atacaram um homem.
