segunda-feira, 8 julho, 2024
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    Procurador afirma que delação de Mauro Cid é ‘frágil’ e não prejudica Bolsonaro

    O muito esperado acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL), é frágil e não implica o ex-presidente. Essa é a declaração do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que recebeu os depoimentos fornecidos pelo militar à Polícia Federal (PF).

    “Não achei a delação forte”, afirmou o subprocurador em entrevista à revista Veja. “De forma alguma. Inicialmente, considerei que as informações eram fracas. O que ele revelou precisa ser corroborado. Somente com essa corroborção poderemos conhecer a extensão da delação. O que foi dito não tinha tudo isso.”

    Quando questionado sobre a veracidade da suposta tentativa de golpe do ex-presidente, Frederico Santos disse que não existem provas. Ele também negou que nas delações haja indícios de que a Marinha do Brasil teria concordado em impor um regime autoritário no país.

    “Um anexo relata a versão dessa história”, revelou o subprocurador. “Se eu te conto uma história: ‘Eu estava em uma reunião, tratando de outra coisa, aí te falo que, na reunião, falaram isso, isso e aquilo’. Isso é uma prova? Como você vai provar alguma coisa? Se os três comandantes tivessem concordado, não estaríamos aqui discutindo isso. Existem apenas atos preparatórios. Atos preparatórios não são crimes.”

    A versão da CPMI do dia 8 de janeiro

    A avaliação do subprocurador da República diverge da apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do dia 8 de janeiro. Após quatro meses de trabalho, o colegiado sugeriu o indiciamento de Bolsonaro e de 60 aliados.

    A relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), propõe que o ex-presidente seja responsabilizado pelos delitos de conluio criminoso, violência política, subversão violenta do Estado Democrático de Direito e tomada de poder ilegal. Ela sustenta que Bolsonaro teria envolvimento nos atos de vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro.

    Frederico Santos possui uma perspectiva diferente. “Não posso simplesmente afirmar que isso aqui é desprezível, porque, de alguma forma, à medida que as investigações prosseguem, podem surgir indícios que comprovem algo”, observou, quando questionado se a delação de Cid poderia revelar que Bolsonaro teria planejado as manifestações na Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Mas dizer que esses indícios são fortes o suficiente para mudar o rumo da República… Se assim fosse, eu já teria apresentado a acusação.”

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