segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Produtores de arroz afirmam que medidas de Lula vão prejudicar ainda mais a produção no Rio Grande do Sul | Lula | RS | produção de arroz


    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consentiu, em 9 de abril, a importação de 1 milhão de toneladas de arroz, entretanto, a decisão não foi bem recebida pela Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul) que afirma que a importação é “desnecessária”.

    A região sul é tradicionalmente a maior produtora de arroz do Brasil, com quase 70% da produção nacional, devido às condições climáticas e à geografia plana. Em 2023, a produção de arroz no estado gaúcho foi projetada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz em 7,1 milhões de toneladas e em 2024 a estimativa da Federarroz também é de 7,1 toneladas em estoque. Antes do temporal, a estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões de toneladas de arroz este ano.

    Devido à manutenção da produção de arroz, os produtores no estado não compreenderam a justificativa para a política de importação do arroz, uma vez que as questões logísticas para o transporte das cargas podem ser resolvidas rapidamente. Conforme a entidade, “não há risco de desabastecimento”.

    As últimas chuvas e inundações atrasaram a colheita de arroz no estado, porém, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, assegura que o abastecimento interno de arroz não está comprometido.

    Conforme Rodolfo Nogueira (PL-MS), as preocupações do governo deveriam estar voltadas para a logística e não para a importação “intempestiva e desnecessária”.

    Dados divulgados pela Faz Comex indicam que, de janeiro a abril de 2024, o Brasil importou 363.477,41 toneladas de arroz sem casca ou semielaborado, polido, glaceado, quebrado, parbolizado ou convertido.

    Os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os estados que mais adquiriram arroz do exterior nesse período. O montante ultrapassou US$234,62 milhões para o arroz sem casca.

    Os produtores avaliam que há margem para a importação do produto no país, porém também consideram um equívoco interferir no mercado interno de arroz, visto que não há indícios de desabastecimento. O Brasil consome cerca de 10 milhões de toneladas anualmente.

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