Após fugir da Justiça por cerca de 2 meses, um indivíduo acusado de desenvolver vídeos de exploração infantil com os dois filhos adotivos foi capturado no Hospital Emílio Ribas, na capital de São Paulo (SP), na tarde desta quinta-feira (14).
O homem de 42 anos, que é pai adotivo de dois adolescentes, estava internado na unidade de saúde, especializada em infectologia, há 10 dias por causa de complicações relacionadas ao vírus HIV, do qual é portador.
Agentes policiais estavam à procura do ex-comissário de bordo desde que a investigação revelou que o homem era o responsável pelos vídeos pornográficos feitos com os próprios filhos adotivos.
As filmagens aconteciam desde o momento em que as crianças foram adotadas, há cerca de 7 anos, segundo as investigações.
O homem, que é incapaz de andar, adotou os dois irmãos, em Mauá, região metropolitana, quando ambos tinham 6 e 8 anos.
Naquela ocasião, ele mantinha um relacionamento há mais de 10 anos com um parceiro, o qual não tinha conhecimento dos abusos, conforme constatado em investigações da Polícia Civil de Barueri. O relacionamento de ambos terminou há cerca de 1 ano.
Após as adoções, realizadas legalmente, a família mudou-se para São Roque, cidade onde os menores teriam sido abusados sexualmente, por terceiros, sob a supervisão do genitor impossibilitado de andar.
O indivíduo de 42 anos se aproveitava das ausências do companheiro, em viagens por exemplo, para produzir material de exploração infantil com os próprios filhos, como indicam as investigações policiais.
Conforme investigações, isso persistiu até 2019, quando a família se mudou para Barueri e o filho mais velho foi morar com um familiar, fora de São Paulo.
O menor adotado de 13 anos foi acolhido pelo Conselho Tutelar de Barueri no final de setembro, após ser encontrado na rua tarde da noite, sujo, descalço e com fome.
O rapaz de 13 anos relatou aos conselheiros que não pretendia retornar para casa, onde acrescentou ter sido vítima de agressão física e psicológica por parte do pai impossibilitado de andar.
