O Projeto de Lei (PL) 1.904/2024 é bastante singelo. Ele veda qualquer tipo de interrupção da gravidez após 22 semanas. Por qual motivo? Pois, ali no ventre materno, já há um bebê formado: cabeça, tronco, membros e cérebro e consciência desenvolvidos. Este bebê, mesmo sendo resultado de um ato de violência inominável e repugnante como um estupro, pode nascer e, se sobreviver a um parto prematuro, pode ser entregue para adoção, uma prática obviamente menos trágica do que matar a criança. Simples assim.
Mas então por que a intensa ânsia abortista da mídia grande e da Rede Globo, que distorceu a essência da questão, rotulando os autores e apoiadores do PL como defensores de estupradores? Política, ideologia. A mais baixa possível. A forma mais sorrateiramente sutil de apoiar o aborto é legitimá-lo por meio de imagens distorcidas de uma realidade inexistente.
“Comparar o aborto de uma criança com cinco meses de gestação a um homicídio é perfeitamente plausível”
Adrilles Jorge
O aborto é permitido para mulheres que sofrem aborto no Brasil. Ninguém está revogando essa lei. Apenas revogaram o direito de tirar a vida, de forma cruel, com uma injeção letal, de um bebê vivo dentro do útero materno que sobreviveria fora dali. E observem bem: uma mulher que é vítima do crime atroz de estupro iria esperar até cinco meses de gestação para decidir pela interrupção? Até três meses de gestação, não é viável realizar um parto pois o embrião não sobreviveria. Entretanto, reforço, com cinco meses, sim. Comparar o aborto de um bebê com cinco meses de gestação a um homicídio é perfeitamente plausível. Pois tirar a vida de um bebê é tirar a vida de uma pessoa.
Aborto, Rede Globo e Alexandre de Moraes
O debate iniciado pela Rede Globo e grande imprensa não é um debate. É a imposição de um ponto de vista a favor do aborto indiscriminado até os NOVE meses de gestação. Recentemente, indo contra as normas do Conselho Federal de Medicina, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu o aborto livre do quinto até o ÚLTIMO mês de gestação.
Esse PL veio justamente para frear essa monstruosidade. Sim, o crime de estupro é monstruoso. E, por ser monstruoso, uma mulher tem assegurado o direito ao aborto. Ninguém o retirou com nenhum projeto de lei. Mas também é monstruosidade abortar um bebê até os nove meses de gestação, quando ele poderia ter uma chance de vida, para além do desejo de sua mãe.
“Não é humanitário, entretanto, não permitir que um bebê vivo seja assassinado aos cinco ou mesmo aos nove meses de gestação”
Adrilles Jorge
A ausência de debate e imposição de uma opinião abortista da Rede Globo e da grande imprensa não apresenta, não reconhece, não revela nenhuma dessas nuances evidentes. Apresenta o ponto de vista — de maneira distorcida — de uma mãe agredida. Porém, não questiona a defesa da vida inocente de um bebê.
A respeito de teatralização nos meios de comunicação
A encenação inepta que a emissora Globo adota tem produzido resultado. Indivíduos que não possuem acesso a informações mais abrangentes se veem chocados com um projeto de lei que, de acordo com o canal de televisão, teria o intuito de favorecer e até incentivar estupradores. É inepta. A ausência de contraponto é evidente. Isso abre portas para a constatação de que não ocorre o que é chamado de ‘’guerra cultural ‘ no Brasil. O que ocorre é um massacre cultural.
Uma enorme articulação de extrema esquerda que engloba Judiciário, universidades, escolas e grande imprensa defendendo uma única perspectiva, ou seja, a possibilidade de aborto prolongada até os nove meses de gestação. Não há nenhum debate sobre métodos contraceptivos, nenhum debate sobre a eficácia de uma pílula do dia seguinte, nenhum debate sobre um feto ser uma vida humana real e sobre suas perspectivas de existência.
“Como se houvesse um desacordo esquizofrênico entre a visão popular e a opinião de uma elite que quer impor seu ponto de vista à população”
Adrilles Jorge
Não existe uma rede de comunicação de massa que apresente contraponto à perspectiva dominante a favor do aborto de todas as emissoras de rádio e televisão, que se alinham a um princípio pseudoprogressista, que não corresponde à opinião da maioria da população brasileira, como se houvesse um desacordo esquizofrênico entre a visão popular e a opinião de uma elite que deseja impor seu ponto de vista à população.
Talvez não tenha efeito a curto prazo. Contudo, crianças, jovens, adolescentes e até mesmo adultos que se submetem ao bombardeio diário e sistemático de meias verdades e mentiras sobre o aborto e outras questões acabam por sucumbir a essas distorções da realidade, questionando suas próprias visões, já que não ouvem nada diferente no rádio, na TV e nas escolas. Assim ocorre um processo de lavagem cerebral. Assim se impede o desenvolvimento do pensamento crítico em prol da defesa incondicional da interrupção da gravidez até os nove meses.