No meio de dezembro de 2022, os agricultores de soja da região Oeste da Bahia tinham finalizado toda a semeadura do grão. Mas este ano a situação é diferente.
Conforme o mais recente levantamento de safra, divulgado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), 77% dos 2 milhões de hectares dedicados ao cultivo da oleaginosa na região foram plantados até o momento.
A falta de precipitação é a principal razão para esse atraso, o que tem causado também a necessidade de replantio em muitas áreas.
A média histórica de chuvas para dezembro é um pouco mais de 200 mm, mas, até o momento, choveu apenas 31 mm na região. Segundo o relatório, o ritmo da semeadura avança de acordo com as zonas de distribuição de chuva das microrregiões do Oeste da Bahia.
Replantio da soja
Apesar do retorno das chuvas na última semana, a região ainda enfrenta problemas com a falta de uniformidade na semeadura em muitos setores, onde o replantio tem sido a realidade de muitos agricultores.
Até o momento, cerca de 1,5 milhão de hectares de soja foram plantados, o que corresponde a 77,5% da área total estimada. O clima continua sendo um fator determinante para evolução e conclusão dos trabalhos em algumas microrregiões.
Na semana passada, foi observada novamente redução do ritmo da operação, justificada pela irregularidade das chuvas.
Ainda assim, é evidente que as precipitações irregulares têm comprometido o desempenho de muitas plantações do Oeste baiano. Calcula-se que cerca de 14% da área já indicou a necessidade de replantio.
Milho com desafios
Deixado de lado por parte dos produtores, que têm preferido plantar sorgo motivados pelos preços, o milho já foi cultivado em cerca de 90 mil hectares no Oeste baiano. Isso corresponde a 82% da área total.
Estima-se que cerca de 6% da área já manifestou a necessidade de replantio. Existe também uma grande preocupação com veranicos futuros, sendo essa cultura altamente exigente em regimes hídricos de acordo com os estágios vegetativos e reprodutivos.