O chefe de Estado da Colômbia, Gustavo Petro, declarou nesta sexta-feira que o ato de sequestro do progenitor do jogador de futebol Luis Díaz pelo Exército de Libertação Nacional (ELN) é “uma ação contraproducente ao próprio processo de pacificação” levado a cabo pela guerrilha.
“É necessário expressar o meu mais profundo repúdio não apenas em relação ao sequestro do pai de Luis, mas também devido à incapacidade do ELN em libertá-lo no decorrer dos acontecimentos”, afirmou o governante em declarações à imprensa em Washington.
Petro explicou ter mantido uma conversa com o avançado do Liverpool para o informar, antes da notícia se tornar pública na quinta-feira, que a guerrilha era responsável pelo sequestro de seu pai.
“Hoje, o ELN é responsável pela integridade do progenitor de Luis Díaz, tendo assim protagonizado uma ação contraproducente ao próprio processo de paz”, declarou.
O líder colombiano lamentou o facto de, apesar de os líderes da guerrilha terem manifestado a intenção de libertá-lo, “à medida que as horas passam, as circunstâncias em que o senhor Díaz se encontra tornam-se cada vez mais perigosas”.
Por fim, Petro assegurou que “a reconstrução da confiança com o ELN, com o qual o governo tem estado a negociar um processo de paz há quase um ano, exige um esforço imediato e profundo para libertar o senhor Díaz”.
Luis Manuel Díaz e a sua esposa, Cilenis Marulanda, progenitores do avançado colombiano, foram sequestrados no sábado passado na cidade de Barrancas, sua cidade-natal, enquanto viajavam no seu veículo.
Horas depois, a mãe do jogador foi libertada sob pressão policial, mas as autoridades continuam à procura do pai na região caribenha de La Guajira, na fronteira com a Venezuela, há quase uma semana.