A enorme varejista chinesa Shein depositou o pedido para realizar oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos (EUA). Reconhecida no circuito financeiro como IPO, a oferta inicial de ações da empresa tem potencial para se tornar a mais significativa em tempos recentes.
De acordo com informações do Wall Street Jornal, a empresa, originária da China, contratou os bancos Goldman Sachs, J.P Morgan e Morgan Stanley como consultores para a oferta. A previsão é que o processo ocorra em 2024.
A empresa recebeu uma avaliação de US$ 66 bilhões em uma rodada de financiamento em maio. A expectativa da varejista é buscar uma avaliação ainda mais alta em sua oferta pública inicial.
Caso o IPO se concretize, será o maior desde a da empresa britânica de chips Arm Holdings, que havia recebido uma avaliação de US$ 55 bilhões quando abriu seu capital, em setembro.
Shein buscou desvincular-se da China para melhorar sua imagem no Ocidente
Os EUA representam o maior mercado da Shein, além de vender para compradores online em mais de 150 países. No entanto, a varejista não realiza vendas para consumidores chineses.
A sede anterior da empresa era na cidade de Nanjing, na China. No entanto, a administração optou por mudar de local. Assim, a matriz passou a operar em Singapura. Segundo informações, a decisão foi tomada para comunicar ao mercado norte-americano a política de “tolerância zero” ao trabalho forçado.
Em comunicado, a varejista informou que não mantém mais fábricas em Xinjiang, cidade chinesa onde a Organização das Nações Unidas concluiu, em 2022, que tem ocorrido trabalho escravo.