Agosto marcou o fechamento de 127 lojas em shopping centers no Brasil. A estudo foi realizada por analistas do Bank of America (Bofa).
Segundo o portal InfoMoney, as diversas evasões “ofuscaram” as mais de 80 inaugurações feitas em julho deste ano.
As varejistas Polishop, Ponto (ex-Ponto Indiferente, do Grupo Casas Bahia) e a Imaginarium (das Lojas Americanas) lideraram os fechamentos.
O site também informa que a maioria das companhias fechadas lutam para reorganizar as contas, em meio a altos endividamentos.
Até o momento, o terceiro trimestre de 2023 registrou um saldo de 45 lojas fechadas. Os dados de setembro ainda não estão disponíveis.
O levantamento do Bofa tem dados líquidos, isto é, representam o saldo de aberturas e fechamentos de lojas no período.
A pesquisa abrangeu muro de 150 shoppings, com muro de 28 milénio lojas ao todo. A Polishop teve nove lojas fechadas, o maior registro numérico na lista.
A empresa enfrenta um processo de regeneração dos negócios depois da pandemia da covid-19, visto que sofreu uma queda nas vendas, atrasos nos pagamentos de aluguéis e na “ruína” de processos de despejos.
Triton, Puket, Ponto e Imaginarium ficaram em segundo, cada um com cinco lojas fechadas — um sinal de dificuldades de varejistas dos setores de roupas e eletroeletrônicos.
A Imaginarium e a Puket são segmento da Uni.co, das Lojas Americanas, que está em recuperação judicial. Essa unidade de negócios é segmento dos ativos que a varejista deve vender para tentar reequilibrar as contas.
A Americanas é acusada de ser responsável por uma fraude que inflou os resultados da companhia em muro de R$ 25 bilhões.
O Ponto faz segmento do Grupo Casas Bahias, que também está em processo de reorganização. O grupo anunciou que deve fechar de 50 a 100 lojas.