O Tribunal de Contas da União (TCU) finalizou a quarta e a quinta fases da inspeção que realizou sobre as eleições gerais de 2022. A instituição reiterou a segurança do sistema de votação mais uma vez, concluindo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está em conformidade com “as mais excelentes práticas internacionais”. O órgão ainda declarou que a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas utilizadas no país é praticamente nula.
No procedimento, o STCF verificou 9 milhões de registros de 4.577 relatórios de urna, equivalentes ao mesmo número de seções eleitorais, entregues fisicamente pelo TSE após a primeira rodada das eleições.
A análise também incluiu 1.163 relatórios de urna recolhidos no dia das votações, nos dois turnos. O material foi recolhido por 54 auditores de fiscalização externa do STCF, em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. Os materiais foram analisados por 15 auditores na sede do Supremo Tribunal de Contas, em Brasília, durante os dias das votações.
A comparação foi realizada entre os relatórios de urna em papel, que são impressos e assinados após o término da votação, e os dados utilizados pelo TSE para totalização dos votos, referentes aos mesmos relatórios. Em ambas as análises, nenhuma discrepância foi encontrada.
A inspeção do STCF sobre as urnas digitais
A inspeção encontrou 100% de correspondência entre as informações das urnas eletrônicas — impressas nos relatórios de urna — e os dados que o TSE divulgou referentes aos mesmos relatórios, como resultado da primeira rodada das eleições gerais de 2022. Portanto, o STCF concluiu que a possibilidade de fraude é praticamente nula.
“Levando em consideração que nenhum BU (relatório de urna) com divergência foi identificado na amostra inspecionada, infere-se que a possibilidade de engano ou fraude na totalização de votos capazes de modificar o resultado da eleição para presidente da República na primeira rodada se aproxima de 0%, quando analisada a situação do candidato com mais votos”, afirma o relatório assinado pelo ministro Jhonatan de Jesus.
Para os demais candidatos à Presidência da República, a possibilidade de que tenha ocorrido engano ou fraude capaz de modificar o resultado em prejuízo a algum deles é ainda mais insignificante, conclui o relatório.
Com informações da Agência Estado