segunda-feira, 8 julho, 2024
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    Todos pela Educação emite comunicado sobre Projeto de Lei com alterações no ensino médio

    A organização não governamental (ONG) Todos pela Educação divulgou uma análise detalhada sobre o projeto de lei 5230/2023, elaborado pelo Ministério da Educação e encaminhado ao Congresso Nacional em 26 de outubro. Este projeto, em tramitação na Câmara dos Deputados, propõe modificações nas diretrizes da Política Nacional de Ensino Médio, como alternativa à reforma que deu origem ao Novo Ensino Médio em 2017.

    A ONG enfatiza como aspecto positivo relevante do projeto a preservação de três elementos considerados como os “fundamentos estruturais” da Reforma do Ensino Médio:

    1. Aumento da carga horária.
    2. Diversificação curricular.
    3. Maior integração do Ensino Médio com a Educação Profissional e Tecnológica.

    Além disso, a Todos pela Educação apreciou a incorporação de propostas que surgiram a partir do diálogo entre o Ministério da Educação e outras organizações do setor, como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), o Fórum Nacional de Educação (FNE) e o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). A organização destacou que o projeto de lei representa um marco importante do trabalho liderado pelo atual Ministério da Educação nos últimos meses.

    No entanto, a ONG expressou preocupação em relação à proposta de retorno à organização da formação geral básica por meio de componentes curriculares, em vez de áreas do conhecimento. Segundo a Todos pela Educação, essa mudança pode resultar na fragmentação do currículo e na limitação da autonomia das redes de ensino. Além disso, a organização teme que essa medida possa antecipar a revisão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), programada para ocorrer após 2025, sem que um processo adequado de discussão e participação seja realizado.

    A ONG elencou cinco aspectos positivos no projeto:

    1. Manutenção dos fundamentos estruturais da Reforma do Ensino Médio original.
    2. Substituição do limite máximo (teto) de 1.800 horas pelo limite mínimo (piso) de 2.400 horas para a formação geral básica.
    3. Estabelecimento de parâmetros nacionais para os percursos de aprofundamento em colaboração com os sistemas de ensino.
    4. Definição de oferta mínima de dois percursos de aprofundamento por escola, permitindo maior escolha aos estudantes.
    5. Restrição ao uso da Educação a Distância (EaD) na formação geral básica, com a exigência de ensino presencial.

    Por outro lado, a ONG identificou seis áreas que precisam ser melhoradas no projeto:

    1. Redução da carga horária da formação geral básica de 2.400 horas (regra geral) para 2.100 horas para estudantes que optarem por cursos técnicos, o que a ONG considera desincentivador e prejudicial à expansão da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e sua integração com o Ensino Médio convencional.
    2. Falta de um número mínimo de horas obrigatórias para os percursos de aprofundamento, limitando a flexibilidade do currículo e promovendo a diversidade entre os modelos estaduais.
    3. Retorno à organização da formação geral básica por componentes curriculares, em detrimento das áreas do conhecimento.
    4. Definição exata, por lei, dos cinco percursos de aprofundamento e das ênfases nas áreas do conhecimento em todo o território nacional, o que a organização considera excessivamente rígido.
    5. Revogação do reconhecimento do “notório saber,” visto como importante para garantir a contratação de profissionais que ministram aulas em cursos técnicos.
    6. Falta de metas vinculantes para a expansão do tempo integral (mínimo de 7 horas por dia), como, por exemplo, a garantia de atendimento de pelo menos 50% das matrículas do Ensino Médio em tempo integral no prazo de 10 anos.

    O projeto de lei foi apresentado à Câmara dos Deputados pelo Poder Executivo com solicitação de urgência constitucional. O Congresso Nacional tem 100 dias para votar a matéria na Câmara e no Senado, excluindo o período de recesso parlamentar, que ocorre de 22 de dezembro de 2023 a 2 de fevereiro de 2024.

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