domingo, 7 julho, 2024
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    Transações fora do comum antecipam queda das ações da Petrobrás

    No dia 27 de fevereiro, Jean Paul Prates, líder da Petrobras, deu uma entrevista à Bloomberg, onde indicou que a distribuição de dividendos poderá reduzir nos próximos meses.

    A entrevista foi divulgada no dia seguinte. Logo após a publicação, as ações da Petrobras começaram a cair e encerraram o dia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) com uma queda de 5,39% para as ações ordinárias e 5,16% para as preferenciais. Como resultado, a empresa perdeu quase R$ 30 bilhões em valor de mercado em um único dia.

    No entanto, alguém lucrou significativamente com essa situação.

    A entrevista de Prates foi publicada no site da Bloomberg às 14h22. No entanto, às 10h41, na corretora XP, foram realizadas duas grandes transações de compra de derivativos que apostavam na baixa das ações da Petrobras.

    Em menos de um segundo, foram adquiridos 5,6 milhões e 6,3 milhões de contratos de opções “put” (PETRO411), com compradores e vendedores operando diretamente pela XP. No total, foram 12 milhões de contratos, adquiridos a um preço de R$ 0,26 e R$ 0,27, respectivamente.

    Essas transações são consideradas fora do comum até mesmo para ações tão negociadas quanto as da estatal petrolífera, como mostra o gráfico abaixo que detalha todas as operações realizadas em 28 de fevereiro.

    A maior transação daquele dia, excluindo as duas atípicas, envolveu 98,2 mil contratos de derivativos.

    O valor gasto na compra dessas opções foi de R$ 3,1 milhões. Ao final do dia, o lucro foi de R$ 11,4 milhões, com a opção se valorizando cerca de 400%, alcançando R$ 0,95, devido à queda nas ações da Petrobras.

    Essa não foi a única transação incomum com opções da Petrobras realizada pouco antes da divulgação da entrevista de Prates.

    Dúvidas sobre essas transações começaram a surgir ao longo da manhã de sexta-feira, 1º, por analistas convidados durante a programação ao vivo da TV BM&C News, especializada no mercado financeiro.

    Às 10h50 do dia 28 de fevereiro, nove minutos após a primeira transação, foram adquiridos 10,5 milhões de contratos de opções da Petrobras (PETRO392), por R$ 0,20 cada, totalizando R$ 2,1 milhões.

    No final do dia, essa mesma opção estava valendo R$ 0,91, resultando em um lucro de R$ 9,5 milhões.

    Pouco depois dessa segunda transação, outra grande compra foi realizada, envolvendo 10,5 milhões de contratos de opções “put” sobre ações da Petrobras (PETRO382), divididos em duas partes (tranches) de 2.992.800 e 7.507.200, por R$ 0,14 e R$ 0,13, respectivamente.

    Essa opção atingiu R$ 0,61 no pregão de 28 de fevereiro. No total, o valor gasto nessa operação foi de R$ 1,4 milhão, resultando em um lucro de R$ 6,4 milhões até o final do dia.

    O lucro combinado das três transações superou os R$ 27 milhões.

    Sem respostas

    A equipe tentou contato com a Petrobras, mas até o fechamento desta reportagem, a empresa não se pronunciou. O espaço continuará aberto para um posicionamento da petrolífera.

    Já a XP, contatada pela Oeste, informou que não se manifestará sobre o caso. A CVM comunicou que não comenta situações específicas.

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