Uma empresa alemã de máquinas agrícolas apresenta uma proposta ousada: executar todas as atividades mecanizadas da lavoura utilizando apenas um equipamento.
É o Nexat, denominado como “trator de sistema tudo-em-um”, por ser capaz de realizar todas as fases do trabalho agrícola, desde o plantio até a colheita.
Nesta edição da Agritechnica, principal feira de tecnologia agrícola do mundo, o equipamento conquistou o prêmio “DLG Agrifuture Concept”, concedido pela Sociedade Agrícola Alemã, que reconhece as iniciativas que mais contribuem para o futuro da agricultura.
O Nexat é um sistema de produção agrícola composto por um veículo transportador intercambiável de grande porte, movido eletricamente.
Em apenas 10 minutos, o produtor pode transformar o equipamento de plantio em um pulverizador, por exemplo.
O Nexat possui dois motores de 550 cv cada, totalizando 1.100 cv de potência. Esses propulsores, movidos a diesel, alimentam geradores que distribuem a potência para outros quatro motores, localizados nas rodas.
Com um espaço livre de 14 metros, a máquina possibilita a acoplagem de um pulverizador com até 70 metros de comprimento e 2 metros de espaço livre. E mais: o veículo é autônomo, ou seja, não depende de um operador para trabalhar na lavoura.
“Trator tudo-em-um” no Brasil
De acordo com Vinicius Marchiori, country manager da Nexat no Brasil, a tecnologia foi desenvolvida para reduzir a compactação do solo em até 95% e os custos dos produtores. “Ao invés de utilizar vários equipamentos para diferentes operações, o produtor pode contar com apenas um, reduzindo significativamente os custos de operação”, declara.
“O sistema é capaz de acoplar qualquer implemento. Temos todas as operações, desde preparo do solo, subsolagem, gradagem, aplicação de calcário, semeadura, colheita. Todas as operações”, afirma.
Atualmente, 13 máquinas da Neaxt estão em atividade pelo mundo, uma delas no Brasil.
“Temos um equipamento em fase de testes em Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, mas já recebemos solicitações comerciais de entrega para o próximo ano”, revela Marchiori.
Para o futuro, o objetivo é estabelecer uma unidade fabril da empresa no Sudeste ou no Sul do Brasil. “Nossa meta é produzir até 300 unidades por ano na América Latina”, completa.