segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Uso do telefone diminui a interação entre mãe e bebê em 16%, indica pesquisa | uso de smartphone | mães e bebês | Interação limitada


    Artigo traduzido e adaptado do inglês, publicado pela sede americana do Epoch Times.

    O uso de smartphone pode reduzir as trocas das mães com seus bebês, sugere um novo estudo.

    A pesquisa, divulgada em 26 de junho na Child Development, revelou que as mães conversavam 16% menos com seus bebês enquanto utilizavam seus smartphones. A descoberta gera questionamentos sobre como a tecnologia pode influenciar no tempo em família e na aprendizagem da linguagem pelas crianças.

    “O uso do smartphone pelos pais não é necessariamente “negativo” no que diz respeito aos estímulos de fala para a criança, mas pode causar diferentes impactos dependendo de como e quando os smartphones são utilizados, podendo ter efeitos distintos no desenvolvimento da linguagem das crianças”, afirmaram os autores do estudo.

    Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin constataram que o uso do smartphone por apenas um ou dois minutos estava mais fortemente associado à diminuição da fala da mãe para o bebê. As mães também tendiam a falar menos com seus bebês quando o uso do smartphone coincidia com as refeições ou com a chegada de familiares em casa, como entre meio-dia e 13h e entre 15h e 16h.

    “Um número cada vez maior de estudos tem encontrado relações entre o uso do smartphone pelos pais e o desenvolvimento da linguagem das crianças. Queríamos investigar como o uso do smartphone poderia impactar a quantidade de fala que os bebês escutam como um possível mecanismo para essa relação”, explicaram os autores da pesquisa Miriam Mikhelson e Kaya de Barbaro em um comunicado à imprensa.

    “Nossos resultados… têm importância na análise do comportamento de uso do smartphone e do desenvolvimento da linguagem.”

    Uso breve do smartphone reduziu mais a fala

    Os pesquisadores avaliaram 16 duplas de mãe-bebê com bebês com média de 4,1 meses de idade. Os dados foram coletados ao longo de uma semana, totalizando 16.673 minutos de uso de smartphone e áudio sincronizados no ambiente real.

    “Tecnoferência, que representa uma quebra em uma interação social causada pelo uso de dispositivos… tem despertado atenção no campo da psicologia do desenvolvimento, principalmente no contexto do uso do smartphone pelos pais interrompendo as interações pai-filho”, relataram os autores.

    O uso breve do smartphone, com duração de um ou dois minutos, resultou em uma maior redução na produção de fala das mães, com a contagem de palavras por minuto das mães diminuindo em 26%. O uso prolongado do smartphone, de pelo menos sete minutos, apresentou uma redução de 12% na contagem de palavras.

    Os autores do estudo mencionaram uma pesquisa de 2016 que indicou que os pais relataram interferência da tecnologia na criação dos filhos. 65% dos pais mencionaram que a tecnologia atrapalhou o tempo de brincadeira, e 53% relataram que atrapalhou o tempo livre passado com seus filhos, sem incluir brincadeiras, alimentação ou troca de fraldas.

    Outro pesquisa revelou que 10% dos genitores relataram que o uso de redes sociais prejudicou a qualidade da supervisão parental.

    Os estudiosos levantaram a hipótese de que suas constatações sobre o tempo despendido no telefone móvel podem estar relacionadas aos tipos de apps de celular utilizados. Períodos mais curtos de utilização do celular podem corresponder a checar um e-mail ou responder a uma mensagem de texto, o que demanda mais atenção dos genitores. “Contudo, não possuímos informações sobre os aplicativos específicos em uso. Futuras pesquisas devem diferenciar mais claramente os tipos de uso do celular a partir dos registros de áudio ou do celular, por exemplo, uso de chamadas telefônicas ou de vídeo versus redes sociais, mensagens de texto ou e-mail”, afirmaram os estudiosos.

    A Sra. de Barbaro, docente assistente do Departamento de Psicologia da Universidade do Texas, encoraja os genitores a se empenharem ao máximo para cuidar de seus filhos.

    “É viável que os genitores usem seus celulares de modo a não interromper suas interações com seus filhos pequenos, por exemplo, quando eles não estariam, de outra forma, se envolvendo ou dialogando com eles,” mencionou ela ao Epoch Times.

    “O que é singular neste estudo é o fato de estarmos coletando esses dados em residência—por até três dias—enquanto as famílias executam o que habitualmente fariam juntas, ao passo que a maioria das pesquisas acontece em ambientes de laboratório artificiais que restringem o comportamento dos genitores e das crianças”, comunicou a Sra. de Barbaro.

    Interações presenciais fundamentais para o desenvolvimento da linguagem

    Estudos anteriores enfatizaram a relevância de manter a interação pai-filho.

    Pesquisas da Universidade de Washington descobriram que as interações sociais de um infante aos 5 meses aumentaram a atividade neural e o desenvolvimento da linguagem em fases posteriores. Interações presenciais com bebês, seja por meio da fala, do contato visual mútuo ou do sorriso, podem ser cruciais para a aprendizagem inicial da linguagem.

    Outro estudo que acompanhou crianças dos 2 aos 48 meses mostrou que os pequenos imitam a fala dos adultos em suas vidas. Após analisar mais de 40.000 horas de áudio focado na criança, os autores descobriram que para cada 100 vocalizações de adultos por hora, as crianças emitiam 27 vocalizações adicionais.

     

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