segunda-feira, 8 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Valdemar tenta controlar a saída de parlamentares do PL

     

    Um ano após a segunda rodada das eleições, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o clima de polarização política no país continua intenso, afetando até mesmo a composição da bancada do maior partido de oposição. O conservador Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, está entre os alvos do governo para expandir a base de apoio parlamentar.

    Nessa tentativa, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está negociando uma ou duas vice-presidências ou diretorias da Caixa Econômica Federal para o PL. A presidência do banco foi entregue ao PP na semana passada, durante as negociações para garantir votos em projetos com apoio do Centrão. Os parlamentares do partido de Bolsonaro são a maior resistência ao governo.

    A busca por traidores do PL para se juntarem ao governo é o episódio mais recente e controverso da série de tentativas de Lula de cooptar deputados dos três partidos conservadores que formaram a coalizão de Bolsonaro na campanha pela reeleição em 2022, assim como de outros partidos de centro-direita, como o União Brasil. PP e Republicanos já têm representação na Esplanada dos Ministérios.

    Diante dessas movimentações, há rumores nos bastidores de que Bolsonaro está exigindo a expulsão dos dissidentes, mas encontra resistência do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Dos 99 deputados eleitos pelo partido, um já foi expulso: Yury do Paredão (CE) foi punido em julho por “feito o L” ao lado de Lula. No entanto, atualmente existem entre 20 e 30 parlamentares que também poderiam estar em apuros.

    Devido ao apoio ao governo em votações importantes, oito deputados também foram punidos em sequência: Bacelar (BA), Detinha (MA), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Junior Mano (CE), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA) e Vinicius Gurgel (AP) perderam o direito de participar de qualquer comissão por três meses.da Casa dos Deputados.

    Apesar de ser aliado de Bolsonaro e seguir as diretrizes do PL, o parlamentar Ricardo Salles (SP), ex-ministro do meio ambiente, vem tendo desentendimentos com o partido, especialmente com o presidente Valdemar da Costa Neto, acerca de seu projeto de concorrer à Prefeitura de São Paulo. O PL paulista está, inicialmente, apoiando a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) e Salles está em busca de outras opções para sua candidatura.

    25 deputados votaram contra a orientação de seus líderes

    No primeiro teste de lealdade do Centrão em votações, ocorrido em 26 de março, o projeto que previa a taxação de fundos offshore e dos denominados super-ricos foi aprovado. Dos 98 deputados do PL, 73 foram contrários ao governo, 12 votaram a favor e 13 se abstiveram. Entre os membros que não seguiram as orientações dos líderes, destacam-se representantes do Nordeste e o deputado Tiririca (SP).

    Os parlamentares incluídos nesse grupo foram: Daniel Agrobom (GO), Ícaro de Valmir (SE), Jorge Goetten (SC), João Maia (RN), João Bacelar (BA), Luciano Vieira (RJ), Junior Lourenço (MA), Matheus Noronha (CE), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG), Robinson Faria (RN) e Tiririca (SP), formando um conjunto que apoia o Planalto, incluindo aqueles que já foram punidos por terem apoiado a estrutura ministerial de Lula.

    Embora haja clara dissidência, o pragmatismo acaba favorecendo a permanência dos infiéis na bancada. Como os deputados não têm a mesma liberdade que os senadores para trocar de partido, a saída voluntária pode resultar na perda do mandato de acordo com a regra de fidelidade partidária. Por outro lado, o número total de assentos no plenário garante acesso proporcional às comissões.

    Em entrevista à Rádio Nova Brasil FM nesta terça-feira (31), Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição na Câmara, atribuiu a infidelidade do grupo à mudança de perfil do partido desde a chegada de Bolsonaro e à onda que elegeu o maior número de deputados em 2022. “Esta legislatura do PL

    Afirmou Jordy que a revista possui uma orientação política conservadora e apresenta a imagem de Bolsonaro como principal destaque.

    Segundo Jordy, a maior facção opositora no país encontra dificuldades ao lidar com os membros que têm histórico de adesão a governos anteriores, mas é compreensível que eles tentem abandonar o Partido Liberal para se tornarem aliados de Lula, buscando aprovação de Valdemar Costa Neto. O partido, inclusive, já fez parte da base dos primeiros governos petistas, até tendo o vice-presidente da República.

    Pesquisas têm mostrado que a polarização persiste, especialmente em relação às imagens de Lula e Bolsonaro. O público conservador tem se mostrado mais resistente, devido à agenda internacional de Lula e às questões sociais debatidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A pesquisa divulgada esta semana pela Quaest/Genial revelou que 44% dos eleitores votariam em Lula, enquanto 39% votariam em Bolsonaro. No primeiro turno da eleição, esses números foram de 39% e 37%, respectivamente.

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    12.5 ° C
    12.5 °
    12.5 °
    76 %
    0.5kmh
    0 %
    seg
    28 °
    ter
    29 °
    qua
    30 °
    qui
    29 °
    sex
    22 °

    3.145.109.160
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!