O Paraná está aumentando suas ações de combate ao greening, uma doença que afeta os citros e pode resultar na morte das plantas. As medidas incluem a eliminação de plantas doentes, fiscalização da venda de mudas e conscientização dos produtores.
O greening é transmitido pelo psilídeo asiático dos citros, um inseto que se alimenta da seiva das plantas. Essa doença causa a queda prematura dos frutos, deformações e redução do tamanho das frutas.
Até o momento, foram registrados casos dessa doença em 133 municípios do Paraná.
A área destinada à citricultura no estado tem aproximadamente 29,2 mil hectares, sendo 20,7 mil hectares de laranjas, 7 mil hectares de tangerinas e 1,5 mil hectares de lima ácida tahiti.
As atividades de combate ao greening são realizadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), em colaboração com empresas de pesquisa agropecuária, cooperativas, prefeituras e setor industrial.
Erradicação de plantas doentes
A erradicação de plantas doentes é uma das principais medidas de combate ao greening. Essa atividade é realizada tanto em propriedades rurais quanto urbanas, incluindo áreas com frutas para consumo familiar e pomares comerciais.
O município de Paranavaí, localizado no Noroeste do estado, iniciou o processo de corte das plantas afetadas pela doença. A ação começou na Vila Rural São João.
Comércio de mudas
A supervisão da comercialização de mudas também é uma medida essencial para evitar a propagação do greening. No estado do Paraná, a venda ambulante de plantas é proibida.
Conscientização
A sensibilização dos agricultores é fundamental para o êxito no combate ao greening. Os produtores rurais necessitam ser informados sobre as medidas de prevenção e controle desta doença.
Práticas adequadas
Além das ações de erradicação e supervisão, é primordial adotar práticas adequadas para prevenir a disseminação do greening.
- Cultivo de mudas saudáveis, de qualidade e provenientes de viveiros registrados;
- Utilização de barreiras naturais e aumento da densidade de plantio;
- Controle do psilídeo usando Tamarixia radiata, uma espécie de vespa criada em laboratório;
- Adubação adequada, irrigação de qualidade e cobertura vegetal;
- Acompanhamento e controle do inseto transmissor;
- Aplicação de inseticidas químicos e biológicos com comprovação de eficiência.