O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um recurso apresentado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) contra a decisão em que ela virou ré por posse ilegal de arma e coação ilegal com utilização de arma.
Em agosto deste ano, o STF julgou a favor a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar por sacar uma arma e perseguir um homem em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição do ano passado.
O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, votou a favor do recebimento da denúncia e foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Tófoli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.
“Mesmo que a arguida tenha porte de arma, o uso fora dos limites da autodefesa, em contexto público e ostensivo, especialmente às vésperas das eleições, em tese, pode implicar responsabilidade penal”, disse o relator em seu voto.
Após o STF tornar Zambelli ré, a defesa da deputada recorreu da decisão. Segundo os advogados, como a parlamentar possui posse de arma, o episódio não configurou atitude criminosa.
A apelação da defesa está em análise no plenário virtual do STF até o dia 24 de novembro. Diante da rejeição da apelação por parte do relator, o processo segue mantido até o posicionamento dos outros ministros, e o julgamento de Carla Zambelli pela conduta em si ainda será marcado.