A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (28) uma solicitação para ouvir a magistrada da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury, acerca do falecimento do Cleriston Pereira, um dos acusados do 8 de janeiro que veio a óbito na última segunda (20), no presídio da Papuda, em Brasília. A audiência com a juíza ainda não tem data marcada.
O convite foi apresentado pelos deputados Delegado Caveira (PL-PA), Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS).
Na justificativa, os parlamentares indicam que a magistrada Leila Cury foi a responsável por encaminhar o aviso do falecimento do acusado provisório ao Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme o comunicado, o SAMU e o Corpo de Bombeiros foram acionados para atendimento, porém sem sucesso.
“Ressalta-se que a defesa do falecido havia solicitado ao STF, em agosto deste ano, a sua soltura provisória, alegando que o acusado tinha problemas sérios de saúde, especialmente relacionados ao sistema cardíaco”, elucidam os deputados.
Segundo o comunicado da magistrada, Cleriston fazia uso de remédios para diabetes e hipertensão e já havia recebido atendimento no serviço médico da Papuda por sintomas de Covid-19.
Os parlamentares planejam ouvir a juíza para “prevenir que outros acusados na mesma situação continuem sem decisão a respeito de seus pedidos de soltura provisória”.
A comissão também aprovou solicitação para tentar ouvir o ministro da Justiça, Flávio Dino, acerca de informações sobre o óbito de Cleriston, bem como acesso a seus registros médicos e gravações monitoradas do período em que esteve detido.