O comércio de soja apresentou boas transações para a indústria em algumas regiões do Brasil nesta terça-feira (16), embora tenham permanecido fracos para a exportação.
Segundo a Safras Consultoria, o mercado ainda está se adaptando às condições atuais, com o produtor segurando negócios, uma vez que os preços voltados à exportação continuam desfavoráveis, mesmo com o dólar subindo bem ao longo do dia.
Hoje a Bolsa de Chicago mostrou alguma volatilidade, mas até conseguiu reagir um pouco no final do dia. No momento, o mercado interno está pagando melhor frente à paridade de exportação.
Visualize as cotações da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): avançou de R$ 123 para R$ 124
- Região das Missões: mudou de R$ 123 para R$ 124
- Porto de Rio Grande: baixou de R$ 127 para R$ 125
- Cascavel (PR): subiu de R$ 112 para R$ 113,50
- Porto de Paranaguá (PR): aumentou de R$ 123 para R$ 124,50
- Rondonópolis (MT): passou de R$ 108 para R$ 111
- Dourados (MS): prosseguiu em R$ 107
- Rio Verde (GO): reduziu de R$ 111 para R$ 108
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mistos, em dia de muita volatilidade.
As primeiras posições tiveram leve alta e as demais, baixa moderada. Após o feriado, os agentes tentaram engatar um movimento de recuperação técnica. Mas a reação esbarrou no cenário fundamental.
O mercado ainda sentiu os efeitos dos números baixistas divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na sexta (12). O relatório de janeiro trouxe safra e estoques acima do esperado nos Estados Unidos e uma redução modesta na estimativa de safra do Brasil.
O clima no Brasil segue no centro das atenções. O mercado contabiliza as perdas por conta do clima seco, principalmente em Mato Grosso. O recente retorno das chuvas, no entanto, sinaliza que as perdas de produtividade podem ter sido estancadas.
Assim, a esperada safra recorde não deve se confirmar, mas ainda se fala em produção de cerca de 150 milhões de toneladas.
A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (Nopa) informou que o esmagamento de soja atingiu 195,328 milhões de bushels em dezembro, ante 189,038 milhões no mês anterior.
Este é um volume recorde na comparação com qualquer mês desde que começou a ser divulgado. A expectativa do mercado era de 193,120 milhões. Em dezembro de 2022, foram 177,505 milhões de bushels.
A Associação indicou ainda que os estoques de óleo de soja americanos em dezembro somaram 1,360 bilhão de libras, ante o esperado 1,291 bilhão. No mês anterior, foram 1,214 bilhão de libras.
Contratos futuros
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Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 3,00 centavos de dólar, ou 0,24%, a US$ 12,27 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 12,38 1/2 por bushel, com ganho de 2,75 centavos ou 0,22%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 9,00 ou 2,48% a US$ 371,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,25 centavos de dólar, com baixa de 1,00 centavo ou 2,07%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,20%, sendo negociado a R$ 4,9245 para venda e a R$ 4,9225 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8863 e a máxima de R$ 4,9329.