O líder do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, por meio de suas decisões, está buscando se mostrar e demonstrou ter aspirações de concorrer à presidência da República.
Ele fez uma comparação entre o ministro e o ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (União-PR), que, em 2018, abriu mão da magistratura para assumir o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro e, posteriormente, em 2022, tentou se candidatar à presidência, mas acabou conseguindo viabilizar apenas a candidatura ao Senado.
“Ele [Alexandre de Moraes] está buscando se mostrar, tem aspirações de concorrer à presidência”, disse Valdemar à coluna de Bela Megale, de O Globo. “Está seguindo o caminho do Moro. A pessoa começa a aparecer na televisão, nos jornais e enlouquece. A soberba toma conta e você não percebe. É o que ele deseja. Não há dúvidas. Quem imaginaria que Moro se candidataria e abandonaria sua carreira? Ninguém.”
Segundo a coluna, Valdemar afirmou claramente que Moraes tem “aspirações” de concorrer à presidência. A entrevista foi concedida na quinta-feira, 25, depois que o ministro autorizou mais uma operação contra um deputado de oposição, filiado ao PL, que é pré-candidato às eleições municipais deste ano.
Desta vez, o alvo foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio. Há uma semana, a Polícia Federal desencadeou uma operação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), pré-candidato a prefeito de Niterói.
Valdemar critica perseguição política a Ramagem
No dia 25, Valdemar afirmou que a operação contra Ramagem foi motivada por perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Está claro que mais essa operação da PF de hoje contra o deputado Alexandre Ramagem é uma perseguição por causa do Bolsonaro”, escreveu em seu perfil no Twitter/X. “Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro.”
Também pediu providências ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. “Essa ação de entrar nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências.”