O câmbio aumentou mais uma vez nesta segunda-feira, 17, atingindo a cotação de R$ 5,42, com o mercado preocupado em relação à questão fiscal do Brasil.
Câmbio
Os investidores estrangeiros ampliaram suas posições compradas em moeda estrangeira, apostando em uma futura queda do real nos próximos dias.
De acordo com os dados da empresa americana Bloomberg, as apostas contra o real já alcançaram US$ 75,6 bilhões. A maior aposta contra o real dos últimos dez anos.
Crise fiscal no Brasil agrava valorização do câmbio
Além do agravamento das contas públicas brasileiras, os investidores estrangeiros estão de olho nas taxas de juros dos Estados Unidos, que continuam elevadas.
Os papéis do Tesouro americano, os treasuries yields, estão registrando uma alta em suas rentabilidades. O mercado está prevendo que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, vai continuar mantendo elevadas as taxas de juros por um período longo.
Com isso, os investidores direcionam seus investimentos para os Estados Unidos, contribuindo para fortalecer a valorização do câmbio.
A possibilidade de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que se reunirá esta semana, poder reduzir as taxas de juros no Brasil, também influenciou a trajetória do câmbio.
No momento, as taxas de juros no Brasil estão em 10,5%, enquanto as taxas nos Estados Unidos estão em torno de 5,5%. Uma diferença considerada não tão elevada, o que acaba reduzindo a atratividade dos títulos brasileiros.