terça-feira, 2 julho, 2024
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    A empresa Americanas anuncia pacto com parte de seus credores

    A Americanas alcançou, nesta segunda-feira, 27, um acordo com seus credores a respeito do plano de recuperação judicial, após extensas negociações nos últimos meses

    A dívida total da companhia diminuirá para R$ 1,875 bilhão, com a injeção de R$ 24 bilhões, dividida entre aportes dos acionistas principais e a conversão da dívida pelos bancos credores. No final de 2022, segundo informações, o endividamento bruto da empresa era de R$ 37,331 bilhões.

    O entendimento foi aprovado por detentores de mais de 35% da dívida da companhia, excluindo créditos intercompany (credores apoiadores).

    Outros credores envolvidos nas negociações manifestaram interesse, de maneira não vinculativa, em respaldar o plano, conforme divulgado pela Americanas. Estes estão em processo interno de aprovação para aderir ao acordo selado no dia de hoje.

    As negociações ocorreram ao longo do fim de semana, conforme antecipado pelo Estadão/Broadcast na sexta-feira, 24.

    Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e BV foram bancos que indicaram informalmente concordância com os termos. Algumas outras instituições ainda estavam avaliando questões jurídicas, porém inclinadas à aprovação.

    O acordo ainda está sujeito à aprovação em assembleia-geral de credores (AGC), marcada para o dia 19 de dezembro.

    Participação no aumento de capital

    Os envolvidos comprometem-se a apoiar as iniciativas de reestruturação da Americanas, como a injeção de capital. Também votarão a favor do plano de recuperação judicial da empresa na AGC. Há também o compromisso de participar do aumento de capital da companhia e de não adotar medidas contrárias aos termos do acordo ou às transações do plano.

    Serão aportados na companhia R$ 12 bilhões por parte de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, acionistas principais da empresa. Está incluído aí o empréstimo debtor-in-possession (DIP), concedido a empresas em dificuldades, no valor de R$ 2 bilhões.

    Conforme destacado, o mesmo valor será convertido, pelos credores, em ações da empresa. O restante dos acionistas terá direito de preferência, como informado pela Americanas. No aumento de capital, a cada três ações emitidas, haverá um bônus de subscrição adicional, ao preço de exercício de R$ 0,01.

    Com a injeção de capital de R$ 24 bilhões, a Americanas destinará até R$ 8,7 bilhões para quitar os credores financeiros. O pagamento será realizado por meio de um leilão reverso de R$ 2 bilhões, ou então do pagamento antecipado de créditos com desconto, ao qual serão destinados R$ 6,7 bilhões.

    Posteriormente, estima-se que o endividamento bruto da empresa diminuirá para até R$ 1,875 bilhão, conforme previsto no acordo, tornando a dívida mais gerenciável.

    Adicionalmente, será realizada uma assembleia-geral de acionistas para eleição de nova chapa para compor o conselho de administração. O mandato será de dois anos, com possibilidade de recondução por mais dois.

    De acordo com o comunicado da Americanas, a empresa precisa obter até a data da AGC uma autorização societária. O objetivo é incluir no plano de recuperação a previsão de que as ações emitidas no aumento de capital tenham seu preço fixado.

    Este preço será estabelecido de acordo com o preço médio de mercado ponderado pelo volume nos 60 dias anteriores.

    Garatia de fianças bancárias

    A Americanas estipula que, caso obtenha esta aprovação, o preço de emissão de cada ação será de 1,33 vez o preço médio nesse período.

    Tal compromisso foi incluído no acordo atendendo a uma demanda dos credores. Em caso de descumprimento, segundo a Americanas, o acordo poderá ser rescindido.

    A Americanas assegurou, ainda, junto aos credores apoiadores, uma garantia firme para obter fianças bancárias ou seguros-garantia de R$ 1,5 bilhão. A validade é de dois anos após a conclusão da reestruturação aplicável a esses credores, ou até o encerramento da recuperação judicial, o que ocorrer primeiro.

    Outros credores qualificados a essa opção podem aderir à garantia até a véspera da AGC.

    Em contrapartida, segundo a varejista, os credores que assinarem o plano nas condições descritas terão direito a receber uma parcela do montante de R$ 1,5 bilhão a partir do pagamento antecipado de créditos, no valor de R$ 6,7 bilhões, previsto no plano.

    Dessa forma, garantirão uma vaga na fila de credores da empresa.

     

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