sexta-feira, 5 julho, 2024
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    A liderança mundial na produção de carros movidos a eletricidade será ocupada pela China em 2024?

    O início do novo ano foi marcado pela notícia de que a fabricante chinesa BYD superou a Tesla e se tornou a maior produtora global de veículos elétricos, o que levou muitos analistas a questionar: a China será a líder mundial na produção de carros elétricos em 2024?

    Hoje, 1 em cada 3 carros vendidos na China é um veículo elétrico e a competição entre fabricantes locais é acirrada.

    Diversas grandes marcas produzem veículos elétricos de diferentes tamanhos, preferências e estilos. Desde os mais luxuosos até os mais acessíveis.

    O valor mais baixo de um veículo elétrico na China gira em torno de US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil).

    Esse preço é bastante competitivo nos principais mercados consumidores internacionais, como Estados Unidos ou Europa. E também nos mercados emergentes, como o Brasil.

    Fabricantes chineses fora dos EUA, porém ingressando na Europa e no Brasil

    No entanto, atualmente, nenhum veículo elétrico chinês é comercializado nos Estados Unidos, devido a uma tarifa de importação de 27,5% sobre os automóveis chineses, o que os manteve fora do mercado americano.

    O paradoxo é que um dos principais investidores dos EUA, Warren Buffett, foi um dos primeiros a acreditar na BYD e adquirir ações da empresa.

    No mercado europeu, os fabricantes chineses detêm menos de 6% das vendas. Apesar de parecer pouco, trata-se do início de uma “invasão silenciosa”.

    Essas empresas chinesas levaram três anos para alcançar essa parcela de mercado, o que os fabricantes de carros coreanos conseguiram após 20 anos de investimentos.

    Essa porcentagem representa metade da fatia conquistada com muita dificuldade em 35 anos pelos fabricantes japoneses, que hoje representam 12% das vendas na Europa.

    No Brasil, as vendas de carros elétricos continuam em expansão. Em novembro passado, foram comercializados 3.197 veículos dessa categoria no país, estabelecendo um novo recorde de emplacamentos mensais no segmento.

    Esse número representa um aumento de 340% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram vendidas 727 unidades de carros elétricos.

    O carro elétrico mais vendido foi o BYD Dolphin, que foi eleito no Brasil como Carro do Ano 2024, com 1.694 unidades comercializadas em novembro, o que equivale à metade do total.

    Em segundo lugar, outro modelo da BYD, o SUV Yuan Plus, com 286 unidades vendidas no mês. E em terceiro lugar, o Volvo XC40, que também é chinês (a marca sueca pertence ao grupo chinês Geely), com 207 emplacamentos.

    Números ainda limitados, porém fabricantes chineses de carros elétricos dominam

    O resultado obtido pela China no cenário automotivo global pode ser pequeno em termos numéricos, mas é impressionante em velocidade e energia disruptiva.

    A indústria de veículos elétricos da China cresceu rapidamente na última década, em grande parte devido a vultosos subsídios governamentais.

    O governo de Pequim concedeu incentivos aos consumidores e apoiou diretamente os fabricantes com subsídios para a compra de veículos novos, e indiretamente, por meio de bancos chineses dispostos a fornecer crédito aos fabricantes de carros elétricos a taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado.

    Dessa forma, à medida que um número cada vez maior de motoristas realiza o sonho de adquirir um carro elétrico, tecnologicamente avançado e a um preço acessível, para os fabricantes de automóveis tradicionais, a BYD personifica um pesadelo capaz de tirar o sono: a força dos novos desafiantes nesse campo de batalha.

    As tendências não são favoráveis. Estima-se que nos principais mercados automotivos globais – China, EUA e Europa –, até 2035, os carros eléctricos representarão a maior parte das vendas.

    Adeus, Tesla

    Por muitos anos, as novidades da Tesla têm sido um exemplo do que o setor pode alcançar.

    Atualmente, as marcas chinesas são numerosas, todas apostando na inovação, reunindo preços acessíveis, interação digital com o cliente, design atraente e principalmente uma rapidez sem igual na introdução de modelos no mercado, de modo que a Tesla parece estar ficando para trás.

    As montadoras chinesas estão lançando novas marcas a uma velocidade mais rápida do que as empresas tradicionais apresentam novos modelos.

    Mesmo que isso signifique abandonar processos de aprovação considerados padrão no setor.

    Tudo em prol de uma estratégia bem planejada que busca minar para sempre os antigos ciclos da indústria automotiva.

    Uma estratégia que deriva de uma abordagem menos cautelosa, talvez por isso com resultados mais incertos, porém ousada e feita sob medida para o novo cliente, o asiático: a China sozinha terá um mercado de mais de 50 milhões de veículos por ano até 2050.

    O motorista ocidental está se tornando cada vez mais exigente e bem informado, mas também cada vez menos decisivo para o rumo do setor automotivo global.

    Os compradores de hoje serão os vendedores de amanhã

    Em 2023, mais veículos de marcas chinesas serão comercializados na China do que veículos estrangeiros. Isso ocorre pela primeira vez desde que o país começou a importar automóveis.

    Essa dinâmica não será observada tão cedo em outros lugares do mundo. A supremacia dos carros chineses ainda levará um tempo para ser percebida. No entanto, subestimar esse sinal seria um erro.

    Afinal, se um modelo de carro elétrico está conquistando espaço na China, por que não deveria se destacar globalmente?

    Em 2024, o vencedor do concurso europeu do Carro do Ano poderá ser de origem chinesa. Dos sete modelos finalistas, dois são chineses: o BYD Seal e o Volvo EX30.

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