quarta-feira, 3 julho, 2024
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    Abacate do Paraná chega à Europa e assegura renda aos agricultores

    Produzir abacate para a exportação tem proporcionado lucros satisfatórios aos agricultores da região Norte do Paraná.

    Atualmente, onze agricultores das localidades de Nova América da Colina, Assaí e São Sebastião da Amoreira se dedicam ao cultivo do avocado, também conhecido como abacate hass.

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    Os agricultores recebem acompanhamento dos extensionistas do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em todas as etapas da produção, com o objetivo de atender às exigências do mercado internacional e expandir a base de consumidores.

    O fruto apresenta casca espessa e coloração verde-escura, com peso variando entre 200 e 350 gramas.

    Em comparação ao abacate tropical, o avocado é de menor dimensão, porém possui demanda garantida no exterior.

    A colheita no Paraná tem início no final deste mês e toda a produção é destinada aos consumidores europeus, consolidando um comércio que teve início em 2020 e vem se expandindo a cada ano.

    Os preços do avocado são de 50% a 100% superiores em relação aos valores do abacate tropical.

    Nesta safra, os três municípios paranaenses têm previsão de colher cerca de 80 toneladas do fruto.

    A introdução do cultivo de avocado na região Norte teve início como parte de iniciativas de diversificação da produção de frutas, que inclui laranja, tangerina, limão e abacate tropical.

    Este cultivo é conduzido por produtores associados à Cooperativa dos Fruticultores de Nova América da Colina e Região (Nova Citrus). Essa cooperativa também comercializa uva fina de mesa.

    Cinco produtores foram os pioneiros e atualmente a cultura do avocado já ocupa uma área de 20 hectares nos três municípios. Toda a produção é vendida para uma empresa de Bauru, em São Paulo, que realiza a exportação do fruto para a Europa. Um diferencial que tem estimulado o cultivo é a remuneração obtida com o fruto.

    Neste mês, a empresa compradora na região Norte do Paraná chegou a pagar R$ 9 por quilo, para frutos com peso entre 365g e 306g. Em março, com a maior oferta, o preço cai para R$ 7 o quilo. Por outro lado, o abacate tradicional é negociado entre R$ 1 e R$ 2 o quilo.

    A proximidade da região Norte com os principais exportadores de avocado no país, localizados em São Paulo, facilita o processo de comercialização. No ano passado, o fruto rendeu uma média de R$ 36 mil para cada produtor.

    Orientação do IDR

    Além de produzir frutas com apelo visual, o produtor de avocado deve assegurar que a produção não apresente qualquer resíduo de agrotóxico, atendendo aos padrões de qualidade do mercado europeu. Para isso, os agricultores paranaenses contam com o suporte dos extensionistas do IDR-Paraná, os quais oferecem orientações sobre o uso prioritário de produtos biológicos ao longo de todo o ciclo de produção.

    “Embora não se trate de um cultivo estritamente orgânico, uma vez que há a aplicação de insumos químicos até certo ponto, a partir de um determinado momento são utilizados exclusivamente produtos biológicos”, explica Ciro Daniel Marques Marcolini, técnico do IDR-Paraná de Cornélio Procópio.

    O fruto é amplamente consumido em todo o mundo e o Brasil tem a vantagem de produzi-lo na entressafra de outros países. “O avocado requer cuidados similares aos do abacate tropical, no entanto, o produtor deve ser mais criterioso em relação ao equilíbrio hormonal da planta, além de exigir maior cuidado na colheita. O avocado deve ser colhido com o uso de tesoura, com o cabo sendo cortado rente aos frutos”, acrescenta.

    Os pomares de avocado levam três anos para entrar em produção. Na região Norte do Estado, que já é um polo tradicional de abacate tropical, a produtividade do avocado tem alcançado 15 toneladas por hectare, a partir do quarto ano. “O avocado responde muito bem aos tratos culturais e à adubação. Por isso, a assistência técnica deve ser muito presente, em parceria com o produtor. A produtividade pode chegar a 20 toneladas por hectare”, esclarece o extensionista.

    Marcolini ressalta ainda que os produtores da região já estão considerando expandir a área destinada ao cultivo do avocado. “Para se envolver com o avocado, é necessário ter tempo, dedicação, mão de obra e algum capital para começar. Sugerimos que o produtor inicie com uma área mínima de um hectare para que o empreendimento seja viável. Além disso, é preciso manter cuidado, zelo e buscar qualidade. Sobretudo, é essencial seguir as orientações da assistência técnica”, complementa.

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