quarta-feira, 3 julho, 2024
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    Abel revela como diálogo com Ancelotti ultrapassou Endrick e alterou sua percepção do futebol

     

    Recentemente, Abel Ferreira tem enfatizado a necessidade de passar mais tempo com a família e desfrutar da vida pessoal. Essas declarações levantaram questionamentos sobre a continuidade do treinador português no Palmeiras após a conquista de mais um Campeonato Brasileiro.

    Em uma entrevista concedida durante o Prêmio Bola de Prata Sportingbet, o português revelou que a mudança recente no discurso foi motivada por uma conversa com o treinador Carlo Ancelotti, do Real Madrid, há pouco mais de um mês.

    Além de abordar o jovem atacante Endrick, que irá se juntar ao Santiago Bernabéu no próximo ano, Abel procurou orientação com o italiano.

    “Eu troquei ideias com ele e fiz uma pergunta no final: qual conselho ele daria a um jovem treinador que realiza nove, dez jogos por mês? E ele disse: ‘Se compreender o que estou prestes a dizer, irá compreender a essência do futebol. Não leve o futebol tão a sério’. Refleti sobre isso e acredito que ele tem razão”, relatou.

    “Discutimos sobre o Endrick, comentei sobre o livro que li acerca dele e sua maneira de liderar. Acho que ele tem uma forma de guiar e somos muito semelhantes. Vi uma entrevista dele com o Valdano, onde mencionou que o Guardiola era obcecado, o Mourinho era obcecado e que o Ancelotti não era um obcecado. E Ancelotti afirmou que sua própria forma de liderança está relacionada a isso. Ele enxerga o jogador de forma integral, como ser humano, e como consegue se conectar com os atletas. Isso se reflete na maneira como ele comanda suas equipes. É uma abordagem absolutamente notável. Ele disse: ‘Fique tranquilo, eu conquistei uma série de títulos, mas também tive algumas derrotas, então, relaxe’”, compartilhou.

    Apesar de admirar a abordagem de Ancelotti, Abel reconhece que é dedicado ao trabalho de forma “obsessiva” e tem dificuldade em se desligar do futebol mesmo durante os momentos de lazer.

    “Penso que no início, todos nós almejamos aprimorar nossas habilidades em tudo o que fazemos. A maneira como buscamos nos destacar é investindo o máximo de tempo possível. E o futebol atualmente demanda especialização em áreas como treinamento, sistemas, comunicação e liderança. São diversos aspectos nos quais é preciso se sobressair, caso contrário, não se alcança o sucesso”.

    “Isso requer muito tempo, mas em certo ponto, é necessário equilibrar as coisas. E as palavras dele fizeram sentido, pois às vezes não devemos levar o futebol tão a sério. Porque a vida continua, independentemente das vitórias e derrotas”.

    ‘Agora compreendo mais do que nunca…’

    Visto como um treinador promissor em Portugal, porém sem grandes conquistas no currículo, Abel foi contratado pelo Palmeiras como uma aposta em 2020. Pouco conhecido no futebol brasileiro, ele buscou informações com Luiz Felipe Scolari, seu técnico na seleção portuguesa e ídolo do Verdão.

    Em poucos meses, o português conquistou a CONMEBOL Libertadores e a Copa do Brasil. Posteriormente, agregou mais sete títulos ao final da temporada atual.

    “Quando cheguei aqui, Felipão foi a primeira pessoa e uma das pessoas que me transmitiu muitas informações sobre o futebol brasileiro, a imprensa brasileira, a quantidade de jogos, as viagens e algumas precauções que eu precisava tomar. Com todas as pessoas com quem conversei, fui anotando minhas observações. Em seguida, fiz minha própria avaliação do que seria mais apropriado para nós começarmos a trabalhar e buscar resultados o mais breve possível, sem certeza alguma do que iria ocorrer. Eu não sabia se iria vencer ou não. É evidente que, ao sair do seu país ou chegar de fora, é necessário se adaptar e compreender o contexto onde estamos. E acredito que conseguimos fazer isso de maneira ágil”.

    Além das conquistas, o treinador também angariou a admiração dos torcedores do Palmeiras devido ao discurso alinhado com a torcida.

    “Serei franco, a forma como a torcida palmeirense age, já passei por diversos clubes, há um pouco da torcida palmeirense em todos (risos). Sempre há os críticos ao seu lado, não é exclusividade do Palmeiras. Faz parte e é saudável. É preciso ter um toque de pimenta. Imagine se todos os torcedores dissessem que está tudo certo, tudo bem. É necessário ter um pouco de tempero. Essas discussões construtivas e brincadeiras são o que dá dinamismo ao futebol”.

    “Agora compreendo mais do que nunca por que o Brasil é o país do futebol. O futebol é parte da vida de vocês, de fato. Enquanto em outros lugares o futebol é praticamente um passatempo, aqui é quase uma religião. É fazer parte de um grupo, de uma comunidade, de uma família…”, concluiu.

     

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