sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Ações humanas contribuem para seca no Setentrião, diz técnico

     

    Para a doutora em ecologia Vania Neu, desmatamento e queimada descontrolados prejudicam a regeneração da floresta Amazônica

    A professora Vania Neu, doutora em ecologia e titular da Universidade Federal Rústico do Pará, defendeu que a feito descontrolada de desmatamento e queimadas contribui para aumentar a frequência de chuvas ou secas extremas no país. Segundo Vania, as interferências humanas que contribuem para as mudanças climáticas e o desequilíbrio do meio espaço pode tornar inviável o modo de vida da população nessas regiões.

    “Uma fumaça traz problema de tosse, de asma, conjuntivite, processos alérgicos. Pessoas que têm problemas cardiorrespiratórios sofrem mais, pode até levar a óbito. Mas, se o peixe morreu, se o rio secou, eles vão se nutrir do quê? E as comunidades estão isoladas, porque na Amazônia os rios são as ruas. A gente não tem entrada de coche, logo como é que a gente vai chegar a essas pessoas?”, disse.

    Agora, segundo a Resguardo Civil no Amazonas, 59 dos 62 municípios estão em estado de emergência e 557 mil pessoas foram afetadas pela seca.

    A professora explicou que fenômenos como o El Niño, hoje o principal responsável pela falta de chuvas em seção da Região Setentrião, são registros naturais e já previstos por especialistas. Destacou, porém, que eventos climáticos extremos se dão num pausa cada vez menor.

    “Vários estudos apontam que, os fenômenos que se repetiam 1 a cada 20 anos, agora estão com uma frequência maior. Segundo a estimativa, se a gente continuar alterando o nosso espaço, sem ter nenhum zelo, a frequência desses eventos pode chegar a cada ano ou a cada 2 anos”, afirmou.

    Segundo a técnico, esse aumento na frequência é fortemente estimulado pelo desmatamento e pela queimada descontrolados, que prejudicam a regeneração da floresta.

    “À medida que esse espaço fica mais sedento, o lume volta com mais frequência. Vai chegar um momento em que não teremos o retorno da floresta densa, mas uma vegetação mais rala, tipo de Savana ou Tapado. Muitos estudos indicam que, em 2080, já teremos esse cenário muito mais sedento”, disse.

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