sexta-feira, 5 julho, 2024
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    Adolescência superou saída de Carpini e alcançou a fase final do Torneio Gaúcho

    O Adolescência vai entrar em campo pela primeira partida da final do Torneio Gaúcho neste sábado (30), a partir das 16h30, contra o Grêmio. O duelo, no Alfredo Jaconi, quebra um tabu incômodo: havia oito anos que a equipe não chegava à decisão do estadual. Para isso, foi preciso superar a saída do técnico Thiago Carpini no começo do ano.

    Carpini conduziu o time jaconero na campanha de acesso à Divisão Principal em 2023. O técnico recebeu uma proposta do São Paulo em janeiro, antes do início do estadual, e mudou de equipe. A troca de comando poderia representar uma frustração nos planos do clube para a temporada, mas aconteceu o contrário: o Adolescência já atingiu todas as metas estabelecidas para os primeiros meses.

    Roger Machado assumiu o Verdão e foi apresentado no dia 13 de janeiro, sete dias antes da estreia no Torneio Gaúcho. Pouco mais de dois meses depois, pode coroar o trabalho com o título que o Adolescência conquistou apenas uma vez, em 1998.

    A equipe terminou a primeira fase na quinta colocação, com 15 pontos, conquistados em quatro vitórias, três empates e quatro derrotas. Nas quartas, venceu o Guarany de Bagé por 4 a 0. A vaga na final veio após dois empates contra o Internacional (0 a 0 em casa e 1 a 1 fora) e triunfo nos pênaltis.

    “A gente vê um início do ano positivo. Tivemos pouco tempo de preparação, 15 dias de pré-temporada, com a saída do Carpini diminuiu ainda mais essa preparação. Iniciamos bem o campeonato. Vimos que o time tem qualidade. Demos uma osciladinha, mas tudo dentro do esperado. Foi possível ver algumas deficiências que temos de evoluir. Que bom que estamos corrigindo o caminho, ainda dentro do Gaúchão, com bons resultados”, disse Fábio Pizzamiglio, presidente do clube, à ESPN.

    O mandatário comentou a saída de Carpini. Em dezembro, também à ESPN, ele havia sustentado a permanência do treinador para 2024, contando com a palavra do próprio técnico.

    “Quando ele deu a garantia, era após uma proposta do Santos, ele realmente ficou. Quando teve a proposta do São Paulo, foi bem superior. Nós mesmos conversamos e falamos que tinha de ir, tinha de ter voos mais altos e que estava tudo bem. A gente continua em contato, temos amizade, e a amizade continua”, afirmou.

    Objetivos do ano

    A temporada de 2024 é essencial para os planos do Adolescência. De volta à Divisão Principal, o clube tinha a final do Gaúchão como um dos objetivos. E, para quem acompanhou o time por dentro, não houve nada de zebra nisso.

    “A gente não pode tratar como surpresa quando trabalhamos para chegar à final. É um projeto que vem desde o ano passado, com o acesso à Divisão Principal. Reforçamos bem. Buscamos ir para a final”, disse Pizzamiglio.

    “Foi o primeiro objetivo alcançado. Felicidade grande da torcida. Não vínhamos bem no Gaúcho nos anos anteriores. O início positivo traz uma perspectiva boa para o restante da temporada”, seguiu.

    “A gente sabe que os jogos serão difíceis. O Grêmio tem muito mais investimento que nós, tem muita qualidade, mas a compensação é dentro de campo, com garra, qualidade, mais atenção. A expectativa é a melhor possível. Estádio lotado já neste sábado. Vamos fazer dois jogos bons para buscar esse título”, completou.

    A partida de volta será disputada no sábado seguinte (06), às 16h30, na Arena do Grêmio.

    Zé Marcos comemora gol do Adolescência contra o Inter EDU ANDRADE/Fatopress/Gazeta Press

    O desafio maior de 2024 será na elite do Torneio Brasileiro — e o presidente mantém os pés no chão ao falar sobre o assunto.

    “Nossa primeira intenção é ficar na Divisão Principal. A diferença de orçamento para outros clubes é grande, possivelmente estamos entre os dois menores orçamentos do campeonato. A diferença entre semanter e competir uma Copa Sul-Americana geralmente é de um ou dois pontos. Se for viável, [queremos] alcançar a competição Sul-Americana”, ponderou.

    O ‘segredo’ para as conquistas

    O Juventude aposta na estruturação como forma de superar os desafios e alçar voos maiores. A parte financeira, sendo Pizzamiglio, tem sido tratada como prioritária.

    “Desde outras diretorias a gente vem organizando o clube, com foco financeiro, pés no chão para seguir orçamento, seguir o planejado. Quando tivemos o acesso foi a primeira coroação. Mas nossa torcida necessita títulos, e o título gaúcho é o que temos de mais próximo para dar à torcida. Seria mais uma coroação de um trabalho que não é de hoje, é de várias diretorias, de estruturação do clube, gestão, planejamento, e que está dando todos esses frutos”, comentou.

    O Verdão vai receber R$ 200 mil da Federação Gaúcha de Futebol por ter tido a melhor campanha de times do interior. Se conquistar o título, os jogadores também devem receber da diretoria uma compensação financeira, o famoso ‘bicho’.

    “Cada meta que alcançamos temos premiações no departamento de futebol. É um valor (pago pela Federação) que acaba ajudando, mas não supre as necessidades do futebol. [O que vale] É a busca do caneco, do título. A gente vai fazer refletir financeiramente dentro do nosso elenco, mas não é a maior motivação. O elenco desde o início estava motivado, querendo esse título para poder estar na história do clube”, destacou Pizzamiglio.

    Outra preocupação da diretoria é a conduta dos atletas. Para isso, foi instaurada, desde o escândalo das manipulações de apostas esportivas, no ano passado, uma política de rigor diante de casos de indisciplina. Pelo menos três jogos do Juventude foram investigados pelo Ministério Público de Goiás.

    “O Juventude foi um dos que mais sofreram com isso (supostas manipulações). Desde então, a cada problema apontado vamos muito a fundo, com muita rapidez. Efetuamos palestras, sempre com a parte jurídica trabalhando junto. Quando vamos contratar atletas, vemos o lado pessoal muito forte, de pessoas com boa índole, com um histórico positivo”, explicou o presidente.

    “Depois de tudo que aconteceu, isso não pode mais ser tolerado. Não só na parte de apostas, mas na forma de atuar, em termos de discriminação… Fazemos muitas palestras, rodas de conversa. Nosso jurídico sempre está acompanhando. Toda nossa gestão está sempre muito engajada nisso”, completou.

    Possibilidade de virar Sociedade Anônima de Futebol

    Apesar do acesso à Série A e a final do Campeonato Gaúcho representarem um sucesso esportivo, o Juventude está aberto a novas possibilidades. O clube já tem estruturado um projeto para virar SAF.

    “Temos dentro do conselho de administração uma área especificamente disso. Recebemos algumas propostas. O clube está organizado, pronto, no momento em que tivermos uma proposta de investimento que seja com a ideia parecida com a nossa, com valores e formas de atuar, estamos prontos para transformar em SAF. Por enquanto ainda não temos isso e continuamos trabalhando da forma tradicional”, finalizou Fábio Pizzamiglio.

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