quarta-feira, 3 julho, 2024
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    Alguns chás conseguem desativar o vírus da COVID-19, de acordo com uma pesquisa de laboratório | covid | Sars-CoV-2 | chá desativa COVID-19


    Texto traduzido e modificado do inglês, originalmente publicado pela sede americana do Epoch Times.

    Uma tigela de chá pode ser uma ferramenta poderosa na batalha contra a COVID-19, segundo uma nova pesquisa. Os cientistas mostraram que várias variedades de chás comuns podem neutralizar eficazmente o vírus SARS-CoV-2 na saliva.

    O estudo traz uma esperança de que algo tão simples quanto a sua bebida da manhã possa ajudar a frear a disseminação do vírus da pandemia.

    Chás populares diminuem significativamente os níveis de SARS-CoV-2 em poucos segundos

    Os pesquisadores examinaram 24 tipos de chás disponíveis no mercado e identificaram cinco que reduziram consideravelmente os níveis do SARS-CoV-2 na saliva. Entre eles estavam o chá de framboesa, o chá de eucalipto, o chá de menta, o chá verde e o chá preto.

    A equipe preparou uma infusão de chá pronta para beber utilizando um sachê de chá em uma xícara de água por 10 minutos, sem adicionar leite ou açúcar. Depois, testaram cada chá como bebida ou para gargarejar.

    Os resultados, divulgados na revista Food and Environmental Virology, revelaram que as cinco variedades de chá reduziram o vírus em pelo menos 96% em apenas 10 segundos, quando utilizado na boca e garganta. Ao gargarejar, os chás foram ainda mais eficazes, eliminando 99,9% do vírus no mesmo período de tempo.

    O chá preto se mostrou o mais eficaz. Isso é relevante pois a COVID-19 infecta e se reproduz principalmente na cavidade bucal antes de se espalhar para os pulmões, conforme os autores do estudo.

    “Desativar o SARS-CoV-2 na boca e na garganta reduz potencialmente a entrada do vírus no sistema respiratório inferior”, afirmou Malak Esseili, virologista do Centro de Segurança Alimentar da Universidade da Geórgia na Faculdade de Ciências Agrárias e Ambientais, em um comunicado.

    O chá não substitui os cuidados médicos e são necessários ensaios clínicos para avaliar completamente seu impacto em pacientes com COVID-19, acrescentou a Sra. Esseili. O estudo foi realizado com culturas de células, não com participantes humanos. A pesquisa contribui para o cada vez maior corpo de estudos sobre o potencial de enxaguantes bucais para desativar a COVID.

    Em um estudo de 2021, publicado na Pathogens, os cientistas descobriram que dois tipos de enxaguantes bucais conseguiram barrar o vírus da COVID-19 em condições de laboratório, impedindo sua replicação em células humanas.

    Especificamente, os pesquisadores concluíram que o Listerine e um enxaguante bucal com prescrição contendo clorexidina puderam desativar o vírus em segundos quando diluídos em concentrações que simulam o uso real.

    Outros dois tipos de enxaguantes bucais – Betadine, com iodopovidona, e Colgate Peroxyl, contendo peróxido de hidrogênio – também se mostraram potencialmente eficazes na prevenção da transmissão viral.

    No entanto, apenas o

    Listerine e a clorexidina foram capazes de eliminar eficientemente o SARS-CoV-2, com um mínimo impacto nas delicadas células da pele localizadas no interior da boca, que formam uma barreira protetora contra a infecção.

    “Tanto o iodopovidona quanto o peroxal resultaram em uma mortalidade significativa das células cutâneas em nossos estudos, enquanto Listerine e clorexidina causaram uma mortalidade mínima das células cutâneas em concentrações similares às do uso diário”, afirmou Daniel H. Fine, líder do Departamento de Biologia Oral da instituição e autor principal do estudo, em um comunicado de imprensa divulgado naquele momento.

    Com base nesses achados, uma pesquisa recente, duplo-cega e controlada, publicada em 2023 no Annals of Allergy, Asthma & Immunology, descobriu que pacientes com COVID positivo que fizeram gargarejo e enxágue nasal com uma solução simples de água salgada morna quatro vezes ao dia durante 14 dias apresentaram taxas significativamente menores de hospitalização em comparação com um grupo de controle.

    Os resultados em laboratório nem sempre se refletem em benefícios reais, aponta especialista

    Os resultados em laboratório nem sempre se refletem em benefícios reais.

    “Muitas vezes testamos algo em uma placa de Petri e parece incrível”, destacou a Dra. Sharon Nachman, que lidera a Divisão de Doenças Infecciosas Pediátricas do Hospital Infantil Stony Brook, ao The Epoch Times.

    O fato de uma substância eliminar um micro-organismo em ambiente laboratorial não garante sua eficácia em um paciente. Embora os resultados dos testes possam indicar que uma substância inativa bactérias, vírus ou fungos, “quando tentamos administrar a mesma dose em um ser humano, ou ela se torna tóxica, ou não permanece tempo suficiente, ou não conseguimos atingir uma dose adequadamente alta”.

    Uma questão com o estudo do chá é que ele não reproduziu a velocidade com que o chá passa pela boca, observou a Dra. Nachman. “Ele fica na boca por nanossegundos”, mencionou. “No laboratório, o chá foi colocado com o vírus e ali ficou, podendo agir por mais de microssegundos, o que difere bastante da realidade bucal”.

    A COVID-19 afeta o nariz e os pulmões, não apenas a boca. “Até mesmo uma simples tosse libera muito mais vírus do que poderia ser eliminado na boca mediante gargarejo por 20 minutos”, ressaltou a Dra. Nachman.

    Por isso, apesar de uma bebida quente como o chá poder oferecer alguns benefícios, “se de fato irá torná-lo mais saudável mais rapidamente, ou reduzir a quantidade de vírus que está transmitindo, isso é um tanto questionável”.

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